Igreja/Portugal: D. Rui Valério elogia «sentido do cumprimento do dever» nas Forças Armadas, evocando figura do Santo Condestável

Administrador Apostólico do Ordinariato Castrense presidiu a Missa em Vila Viçosa, nos 50 anos do Estado-Maior General

Foto: Lusa

Vila Viçosa, 10 nov 2024 (Ecclesia) – D. Rui Valério, administrador apostólico do Ordinariato Castrense, presidiu hoje em Vila Viçosa à Missa nos 50 anos do Estado-Maior General das Forças Armadas, elogiando o papel dos militares na sociedade portuguesa.

“Ainda hoje o sentido do cumprimento do dever, por parte das Forças Armadas portuguesas, reveste-se de um desígnio que transcende a mera organização militar, porque se eleva a uma prodigiosa dimensão transcendente”, disse, na homilia da celebração que celebra o patrono da instituição, Nuno de Santa Maria, o Santo Condestável.

A celebração no Santuário de Nossa Senhora da Conceição contou com a presença do presidente da República Portuguesa, do ministro da Defesa, do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas e os chefes dos vários ramos.

O patriarca de Lisboa alertou, na sua intervenção, que “não se morre só por falta de comida ou de cuidados, também se morre por falta de razões de viver”.

“Morre-se por falta de amor, morre-se quando a esperança se desvanece, e dos horizontes da vida se apaga qualquer fragmento de qualquer alternativa ou nova possibilidade”, acrescentou.

O responsável católico apresentou Nuno Álvares Pereira como “um homem destemido porque o amor era a sua bandeira e quando se vive no amor e para amar, nada se teme, porque o Senhor é a sua força”.

Reconhecia em cada rosto um irmão ou uma irmã; e quer fosse em sua casa, ou na rua, entre amigos ou no campo de combate havia a preocupação de acudir e servir com comida e outros cuidados a todos. Com a arma do coração não venceu só os inimigos, venceu sobretudo a cultura da morte com rasgados horizontes de fraternidade”.

Para D. Rui Valério, São Nuno de Santa Maria mostra a importância do altruísmo numa sociedade “demasiadamente fechada em si mesma”.

“Que as crises, como a Crise de 1383-85, operem mudanças socias e de coração, para vivermos um presente repleto de esperança num futuro melhor. Quando Deus preenche o coração, a força arrebatadora do seu amor torna-nos dom sagrado para o mundo”, concluiu.

No início da celebração, o patriarca de Lisboa deixou uma “saudação à paz no mundo” e no coração de cada pessoa.

Após a Missa tem lugar a cerimónia militar, na Praça do Palácio de Vila Viçosa.

OC

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Agência ECCLESIA

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