Igreja/Portugal: D. Rui Valério diz que missão das Forças Nacionais Destacadas representa «reserva de esperança»

Responsável católico assinala defesa das «causas humanitárias», em vários países

Foto: Exército Português

Batalha, 24 jun 2024 (Ecclesia) – O administrador apostólico das Forças Armadas e das Forças de Segurança presidiu hoje, no Mosteiro da Batalha, à Missa pelas das Forças Nacionais Destacadas, sublinhando a importância de defender as “causas humanistas”.

“O vosso exemplo de bravura, assente na torrente da vossa vida exigente e plasmada de heroísmo nos campos de batalha, são o mais nobre património da Nação e do Exército; é esse manancial que constitui a verdadeira reserva de esperança do país”, disse D. Rui Valério, na homilia da celebração, enviada à Agência ECCLESIA.

O responsável católico associou-se à homenagem do Exército Português aos contingentes de militares em missões de paz em países como o Kosovo, Bósnia, Timor-Leste, Afeganistão ou República Centro Africana.

“Os militares das Foças Nacionais Destacadas, que participaram e participam em missões internacionais de paz, pelas circunstâncias da experiência, tornaram-se autênticos peritos na transformação de cada escombro em semente de nova vida; estão formados, pela escola das adversidades nos campos da honra, na arte de transformar cada ruína em nascente de esperança”, indicou.

Foto: Ordinariato Castrense

D. Rui Valério, patriarca de Lisboa, recordou os militares que perderam a vida, nestas missões, numa mensagem de “homenagem e gratidão”.

“A vocação primeira, a primeira realização do chamamento a servir a Pátria, é a capacidade de total abnegação. É a capacidade de encontrar forças de superação”, prosseguiu.

O administrador apostólico das Forças Armadas e das Forças de Segurança, sublinhou a coincidência desta celebração com a festa litúrgica de nascimento de São João Batista, que viveu “uma vida totalmente voltada para Jesus, e, nessa medida completamente orientada para o serviço aos outros, para a promoção da causa da paz, para o cumprimento do dever”.

A intervenção destacou o espírito da família militar, “donde brota a camaradagem e o espírito de solidariedade”.

“Neste primado do cumprimento de um dever superior, na realização de um desígnio transcendente, na vida do país e na vida concreta de cada um de nós, vemos como tudo são declinações daquela primeira escolha, daquele primordial desígnio abraçado no fulgor da disponibilidade e da vontade de ser parte da construção da paz e do bem”, declarou.

De um modo geral, as Forças Armadas Portuguesas têm participado em operações humanitárias, de apoio à paz e outras, que decorrem de Resoluções do Conselho de Segurança da ONU, sob a responsabilidade dessa organização, da NATO e da União Europeia.

A cerimónia contou com a presença de vários responsáveis civis e militares, incluindo o ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo; o chefe de Estado Maior General das Forças de Defesa de Timor-Leste, tenente-general Domingo Raúl; o chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, general José Nunes da Fonseca; ou a secretária-geral da Defesa Nacional, Ana Isabel Xavier.

OC

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