Ministro da Defesa Nacional atribuiu condecoração ao patriarca de Lisboa, que «aproximou as Forças Armadas e as Forças de Segurança à população e à sociedade»
Lisboa, 05 fev 2025 (Ecclesia) – O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, condecorou hoje, no Ministério da Defesa, em Lisboa, o patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, com uma Medalha da Defesa Nacional de 1ª classe, pela missão ao serviço do Ordinariato Castrense.
“A distinção que lhe foi entregue, sr. D. Rui Valério, é mais do que justa e eu tenho a certeza que é sentida por todos os elementos das Forças Armadas e das Forças de Segurança. E, por isso, eu refiro-me ao homem e ao sacerdote que foi camarada entre camaradas, que também serviu os defensores da pátria e os servidores da paz, como bispo das Forças Armadas e de Segurança”, afirmou Nuno Melo, na cerimónia, que congregou entidades militares, civis e religiosas.
O governante elogiou a “relação estreita” que D. Rui Valério cultivou com o seu rebanho, enquanto “capelão e depois como capelão-chefe”, proporcionando “constante apoio espiritual e fortalecendo os vínculos entre a Igreja e a Instituição castrense”.
Segundo Nuno Melo, o patriarca de Lisboa “aproximou as Forças Armadas e as Forças de Segurança à população e à sociedade, assistindo aqueles que mais precisam”, e esteve “sempre presente com os seus irmãos e irmãs e as suas famílias, na alegria e no sofrimento, em particular quando a tragédia se abateu e abateu-se, algumas vezes, demasiadas vezes”, sobre os militares e polícias.
No discurso, o ministro da Defesa referiu também que D. Rui Valério “soube interpretar o conceito inspirador da Ecologia Integral do Papa Francisco e que o rebatizou de Paz Integral para sublinhar o papel das Forças Armadas e Forças de Segurança ao serviço da humanidade em Portugal e no mundo”.
“Eu tenho a certeza que este momento é um momento custoso para D. Rui Valério, que, de facto, viveu e sentiu as Forças Armadas e as Forças de Segurança”, referiu Nuno Melo, que sublinha que “a fasquia que leva e que lega é muito grande”.
Em declarações à Agência ECCLESIA, o patriarca de Lisboa mostrou-se grato por tudo o que recebeu das Forças Armadas e Forças de Segurança, nomeadamente “um profundo e intenso sentido de serviço”.
D. Rui Valério foi nomeado bispo das Forças Armadas e de Segurança em 2018, cargo exercido até ter sido nomeado patriarca de Lisboa, em agosto de 2023, tendo assumido funções de administrador apostólico da diocese do Ordinariato Castrense.
“O balanço é felicidade por ser quem sou, por ser agora bispo, no passado capelão Militar, mas sobretudo um sacerdote a quem Jesus e Deus chamou para servir a Igreja”, comentou.
Ao mesmo tempo, o patriarca de Lisboa fala num amor acrescido, “seja em relação à Igreja, seja em relação à própria comunidade, ao próprio Portugal”.
“As Forças Armadas e as Forças de Segurança são uma realidade que tem uma história tão grande quanto aquela de Portugal. O único legado que nós cá deixamos é aquele de fazermos e prestarmos homenagem às mulheres e aos homens que se dedicaram a esta missão”, frisou D. Rui Valério, que diz partir com o sentimento de “dever cumprido”.
Depois da condecoração, seguiu-se a tomada de posse de D. Sérgio Dinis como Capelão-Chefe do Ordinariato Castrense.
LJ