Religiosa, assassinada em São João da Madeira, é recorda pelo trabalho junto dos mais necessitados
Lisboa, 11 set 2019 (Ecclesia) – A CIRP, Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal, condenou em comunicado a morte “inesperada e violenta” da irmã Maria Antónia Guerra, membro da Congregação das Servas de Maria Ministras dos Enfermos, assassinada no último domingo, em São João da Madeira.
“Unidos na dor, e revoltados com as circunstâncias algo estranhas em que faleceu esta Irmã – verdadeira apóstola nas periferias junto dos mais necessitados-, e na certeza de que ‘a vida não acaba, mas apenas se transforma’, a CIRP exprime o seu voto de pesar pelo falecimento da Irmã Maria Antónia Guerra”, refere a nota, divulgada pelo organismo católico.
A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Norte, identificou e deteve no domingo um homem pela prática do crime de homicídio qualificado, de que foi vítima a religiosa, de 61 anos.
As autoridades referem, em nota oficial, que “o detido, após ter conseguido atrair a vítima até ao interior da sua habitação, com o pretexto de lhe oferecer um café por esta o ter transportado na sua viatura até ali, referiu-lhe que com ela queria manter relações sexuais, o que foi recusado”.
“Seguidamente, perseguindo a sua intenção, o detido recorreu à força física aplicando à senhora, ao que tudo indica, um golpe de estrangulamento denominado mata-leão que terá sido a causa da morte”, explica a PJ.
O suspeito, de 44 anos, tem antecedentes criminais pela prática de crimes de tráfico de estupefacientes, violação e sequestro.
A direção da CIRP vem a público “condenar a forma violenta e incompreensível do cruel assassinato desta Irmã que com a doação da sua vida até ao extremo foi testemunha de Cristo que derramou o seu sangue pela remissão dos pecados da Humanidade”.
“Imploramos aos Senhor a Sua Misericórdia para o autor deste horrendo ato e para a Irmã Antónia a recompensa dos justos na Casa do Pai”, acrescenta a nota, que manifesta solidariedade aos “familiares e irmãs de religião” da irmã Maria Antónia Guerra.
O funeral da religiosa realiza-se esta quarta-feira, na igreja matriz de S. João da Madeira, pelas 11h00.
A Câmara Municipal de São João da Madeira aprovou por unanimidade, na sua reunião desta terça-feira, um voto em que “expressa o seu profundo pesar pelo trágico falecimento” da irmã Maria Antónia Guerra, realçando a “importância do trabalho humanitário e a dedicação aos mais fragilizados, aspetos decisivos da missão de vida” da religiosa.
OC