Semana Nacional da Educação Cristã arranca com celebração jubilar, em Fátima, e decorre de 5 a 12 de outubro

Lisboa, 03 out 2025 (Ecclesia) – A Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) publicou hoje a sua nota pastoral para a Semana Nacional da Educação Cristã 2025, que decorre de 5 a 12 de outubro, destacando o “papel insubstituível” de quem se dedica a esta missão
“O papel insubstituível do educador cristão evidencia-se nesta singular tarefa de abrir ao amor, quando tudo seduz para a autossuficiência e um bastar-se a si mesmo. É, assim, grande e permanente, o desafio de procurar e regressar à autêntica nascente da redenção, fonte perene da esperança”, refere a mensagem, enviada à Agência ECCLESIA.
O texto identifica vários desafios para a educação, como “a cultura do imediato e a fragilidade dos vínculos humanos” ou o recurso às tecnologias, designadamente à inteligência artificial.
“Cabe aos educadores contribuir para que o recurso à IA por parte das novas gerações se guie pelo ‘sentido humano’, salvaguarde o bem da pessoa e preserve a abertura à beleza e à verdade”, precisam os bispos.
A CEECDF sublinha que “os cristãos são portadores de um olhar de esperança sobre o futuro”.
“Em Ano Jubilar, a Educação Cristã é chamada a ser voz e expressão ousada e criativa daquele olhar profético e de esperança, reorientando os olhares para o mapa do coração da pessoa e da vida humana, com particular foco para quantos olham com medo, sem confiança e sem horizonte”, pode ler-se.
O educador, chamado a ser ‘embaixador da esperança’, é um semeador e cultivador de um renovado olhar e de uma renovada atitude. Traz, dessa terra distante que é o futuro, a luz que brilha como esperança e conduz os seus educandos à sua autêntica fonte que não é cada um de nós, mas Aquele em quem se realizou, de modo definitivo e antecipando, o futuro último, o amor que, verdadeiramente, redime.”
Os bispos católicos lançam o desafio de “ir ao encontro das pessoas para anunciar a salvação e partilhar a alegria do encontro com Cristo”.
“Peregrinos de esperança, em Igreja sinodal, os educadores cristãos, perante as tribulações pessoais e sociais, educam para a fraternidade, para a justiça, para a paz e confiam na presença do Ressuscitado, que sempre protege, guia e reacende a Igreja na esperança”, indica a nota.
Os membros da CEECDF assinalam a “missão educativa” das famílias, dos párocos, dos catequistas, dos professores da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica, dos professores das Escolas Católicas e dos outros educadores católicos.
“Neste ano de graça, somos chamados a testemunhar que a esperança cristã não dececiona, antes abre horizontes, cura feridas e faz-nos educadores que anunciam, com a vida, que Deus faz novas todas as coisas. Educar com esperança é preparar os corações para acolher o futuro como um dom e uma responsabilidade, firmes na fé e ativos no amor e cheios de alegria”, escrevem.
Ao educarmos com esperança, despertamos nos nossos educandos o desejo de um mundo mais justo, fraterno e cheio de sentido. A nossa missão não se esgota na transmissão de conteúdos, mas é movimento e envolvimento de, no Espírito, sermos testemunhas do que professamos e ensinamos, de acender corações entusiastas com a vida em abundância. Só a esperança dá essa leveza e esta sabedoria para educar com alegria e gratidão autênticas.”
A Semana Nacional, com o tema “Educação Cristã: Esperança e Profecia”, começa com um evento jubilar, este domingo, na Cova da Iria, promovido pelo Santuário de Fátima, em parceria com a Associação Portuguesa das Escolas Católicas e o Secretariado Nacional da Educação Cristã.
“À Virgem Maria, Mulher e Mãe da Esperança, confiamos as alegrias e os sonhos dos educadores, dos educandos e das suas famílias, na certeza de que escutará os seus anseios e acolherá, no seu coração, a vontade de serem vida fraterna, partilha generosa e dom de serviço e de paz”, conclui a nota da CEECDF.
OC