CEP vai realizar II Encontro Sinodal Nacional, em janeiro de 2026
Fátima, 13 nov 2025 (Ecclesia) – Os bispos da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), reunidos em assembleia plenária, reforçaram hoje “a importância de implementar” o Documento Final XVI da Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre a sinodalidade “no seio das comunidades”.
O comunicado final da 212.ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa explica que, sobre o processo sinodal em curso, foi reforçada a importância de “implementar o Documento Final XVI da Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos no seio das comunidades”.
“Seguindo as pistas publicadas pela Secretaria Geral do Sínodo para esta fase de receção sinodal, uma vez que é na vida concreta das Igrejas locais que se experimentam novas práticas e estruturas para concretizar as decisões tomadas, envolvendo todos os membros da Igreja, rumo à Assembleia Eclesial de 2028”, assinalam.
Nesta Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, os bispos acrescentam que como parte importante “deste caminho de escuta do Espírito”, da conversão das relações e da “corresponsabilidade diferenciada dos batizados”, foi reforçada a relevância do II Encontro Sinodal Nacional, onde devem participar os bispos, as equipas sinodais e outros organismos diocesanos, em janeiro de 2026.
No discurso de abertura da 212.ª Assembleia Plenária, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa destacou o compromisso das dioceses nacionais com o processo sinodal em curso a nível global, apesar de “desafios e resistências”.
| Na conferência de imprensa, o presidente da CEP, questionado sobre o cisma na Igreja Anglicana (Igreja de Inglaterra) e se pode afetar as relações com a Igreja Católica em Portugal, explicou que veem “com pena e preocupação”, e observa que, talvez, a Igreja Católica tenha chegado “a um outro consenso, tem outra tradição, também uma forma mais sinodal do pedir respeito às Igrejas no mundo inteiro”.
“Nós estamos dentro de um processo sinodal, a nossa forma de responder a estas questões não é de varre-las para debaixo da mesa, mas é de encontrar também formas de estudar na diversidade cultural que nós temos na Igreja, na sensibilidade. Dentro da Europa, as Igrejas do leste europeu têm uma tradição que é diferente da nossa, mas o interesse é na diversidade que possamos encontrar caminhos de convergência”, desenvolveu D. José Ornelas, em declarações aos jronaistas. O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa realçou que a Igreja Anglicana é “uma Igreja irmã”, com quem têm feito “caminhos de convergência muito significativos”, e vão continuar, “qualquer que sejam os protagonistas”, se têm de tratar com um ou com dois modos de “viver esta sinodalidade ou este ecumenismo”. |
A CEP vai promover o II Encontro Sinodal Nacional para “avaliar as ações desenvolvidas ao longo do último ano e para motivar a que nenhuma reflexão fique estéril, mas dê origem a atitudes novas e relações sinodais”, a 10 de janeiro de 2026.
A XVI Assembleia Geral do Sínodo, cuja segunda sessão decorreu de 2 a 27 de outubro de 2024, teve como tema ‘Por uma Igreja sinodal: participação, comunhão, missão’; o processo começou com a auscultação de milhões de pessoas, pelas comunidades católicas, em 2021, e a primeira sessão sinodal decorreu em outubro de 2023.
Além dos membros da CEP estiveram presentes como convidados o encarregado de Negócios da Nunciatura Apostólica, o presidente e a vice-presidente da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP), e a recém-eleita presidente da Conferência Nacional dos Institutos Seculares de Portugal (CNISP).
A CEP é a entidade representativa da Igreja Católica em Portugal e uma das conferências mais antigas, atuando regularmente como tal desde os anos 30 do século passado, embora só em 1967 tivesse os primeiros estatutos.
São membros de pleno direito da CEP os bispos diocesanos, incluindo o das Forças Armadas e de Segurança, os bispos coadjutores e auxiliares.
CB/OC
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