D. João Lavrador, bispo de Angra, assume presidência de organismo que atua em três áreas
Fátima, 22 jun 2017 (Ecclesia) – O novo presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais afirmou hoje que é preciso “articular sinergias” e “formas de atuação” que ofereçam uma “visão harmoniosa e atual” da ação da Igreja nestes diversos campos.
“Temos de alguma maneira estudar os problemas e implicar toda a Igreja se torne protagonista das respostas a dar às diversas problemáticas que vão aparecendo”, disse D. João Lavrador à Agência ECCLESIA.
Segundo o responsável, a área dos media “é talvez” o setor “onde se colocam mais problemáticas” devido à realidade atual da Comunicação Social em termos gerais.
“Já não estamos só perante meios, mas perante uma cultura da própria Comunicação Social, por isso, hoje as novas tecnologias, as problemáticas das novas redes, tudo o que é presença da Igreja onde se comunica a notícia é um desafio muito grande”, desenvolve.
D. João Lavrador observa que se “exige um discernimento permanente” e atenção em duas áreas: “A utilização de todos meios que possamos ter ao nosso alcance, que a sociedade moderna nos oferece, mas também saber criar critério, formar os públicos para uma correta presença na comunicação social”.
Quanto à relação da Igreja Católica com o setor da Cultura, “um campo vastíssimo”, aponta-se a necessidade de fazer escolhas, dando como exemplo a história do Prémio Árvore da Vida- Padre Manuel Antunes que “manifesta” a atenção “às diversas áreas”.
“Uma das questões que colocamos nesta primeira reunião desta nova comissão foi precisamente estarmos atentos e procurar descobrir o que na nossa sociedade, no nosso tempo, vai implicando como necessário para que a Igreja reflita e possa equacionar esta relação com a cultura”, revela.
Na área dos Bens Culturais, o presidente da respetiva comissão episcopal destaca que “têm estado a fazer um trabalho muito interessante” e realça a “expressão da beleza e o trabalho” na revista Invenire que “já tomou cidadania no meio de outras revistas”.
Para além de continuar a “ajudar as dioceses” em áreas muito práticas como restauro, preservação, “o problema da catalogação, a inventariação”, “há toda uma parceria e diálogo com as autoridades públicas”:
D. João Lavrador, bispo de Angra, preside a uma comissão episcopal que tem como vogais com D. Nuno Brás (bispo auxiliar de Lisboa), D. Pio Alves (bispo auxiliar do Porto) e D. Amândio Tomás (bispo de Vila Real).
A composição da comissão manifesta que existe “sentido de continuidade e de apostar na experiência”.
“Estou contente, tenho verificado que tem sido um bom trabalho, portanto, há que dar continuidade a esse mesmo trabalho”, frisou.
Como secretário da comissão continua Paulo Rocha, diretor da Agência ECCLESIA e cada uma das áreas tem um secretariado próprio com diretores cujo “trabalho meritório” foi “aprovado”.
Na Pastoral da Cultura é responsável o professor universitário José Carlos Seabra Pereira; nas Comunicações Sociais o diretor é o padre Américo Aguiar; Sandra Costa Saldanha é a diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais.
“Podemos continuar a ter excelente trabalho não apenas naquilo que executam mas também o que é a planificação e o estudo que provocam”, conclui D. João Lavrador.
CB/OC