Igreja/Portugal: Arcebispo de Évora afirma que mensagem de paz do Papa se liga a Fátima

D. José Alves espera «grande eco» em Évora da visita de Francisco

Évora, 17 mai 2017 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora afirmou que o Papa Francisco teve “gestos muito significativos” em Fátima, realçando a referência a Maria como “mãe” e a mensagem da paz.

D. José Alves referiu à Agência ECCLESIA que o tema da paz a que o Papa Francisco se referiu no Santuário de Fátima, nos dias 12 e 13 de maio, “é muito fatimista”.

“É um valor essencial para toda a humanidade e a mensagem de Fátima é de paz. O Papa sublinhou muito esse aspeto. Fátima é um lugar onde nos reunimos para rezar pela paz no mundo, nas nações, nas famílias e nas consciências”, desenvolveu.

O arcebispo de Évora recorda também a expressão do Papa, que este “repetiu mais do que uma vez”, de que os católicos têm uma mãe: “Maria é a nossa mãe, não somos órfãos.”

D. José Alves observa que Maria foi “dada como mãe” por Jesus para ser, “não apenas, intercessora junto de Deus” mas “imagem da ternura de Deus, para ser modelo”.

O arcebispo espera que a visita do Papa tenha “grande eco” na vida da sua diocese e contextualiza que todos os anos ali recebem a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima e que o povo alentejano “é muito mariano”.

“Quando a imagem chega às paróquias todos se movimentam, acorrem para rezar, ajudam a compreender a alma alentejana profundamente meditativa, religiosa, cultural mas que está muito ligada a Nossa Senhora”, desenvolve.

Neste contexto, considera “certo” que a visita do Papa e a canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto venha a ter “impacto muito maior” na presença da imagem, nas imagens que se guardam nas igrejas e na “grande devoção” de um povo que reza o Terço no mês de maio.

“É maior o número de pessoas que frequenta a igreja, porventura, aos dias de semana a rezar o Terço, que nos fins de semana à Missa”, observou.

O arcebispo de Évora realçou também “gestos muito significativos” de Francisco pela forma como “sintonizou com todo o ambiente do santuário”, com “comoção, sobretudo, na parte final quando foi o adeus a Nossa Senhora.”

Outro momento foi “o silêncio” que se conseguiu criar no Santuário de Fátima e que Francisco “sentiu quando chegou e esteve a rezar na Capelinha das Aparições”.

“Dá uma característica muito própria ao santuário, que continua a ser um lugar de oração com um ambiente espiritual e de uma vivência profunda da fé”, acrescentou.

D. José Alves revela ainda que viveu as celebrações do centenário da primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima com “grande interesse e bastante emoção”.

“Para mim foram momentos muito ricos e de uma vivência espiritual muito profunda”, acrescentou.

Os bispos portugueses tiveram oportunidade de almoçar com o Papa Francisco, antes do seu regresso à Santa Sé, e o bispo diocesano recorda uma presença “muito agradável e uma comunhão muito forte” do episcopado em volta do Papa.

“Essa atitude de simplicidade, de amizade, no meio de nós, é um gesto e maneira de estar que nos marca, quebra as barreiras, distâncias e a nós como bispos nos aproxima e solidariza com a missão que lhe foi confiada”, desenvolve.

CB/OC

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