Arcebispo visitou o 7.º Curso de Música Litúrgica, em Fátima, e incentivou à «formação integral»

Fátima, 28 ago 2025 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade, da Igreja Católica em Portugal, disse que “a esperança é necessária à vida, e a liturgia é como o berço da esperança”, aos participantes do 7.º Curso de Música Litúrgica.
“A esperança é necessária à vida, e a liturgia é como o berço da esperança, e uma liturgia bem cantada, bem harmoniosa, por isso é que o canto e a música são parte integrante e decisiva na liturgia. E a beleza da liturgia passa muito pelo canto, pela música”, explicou D. José Cordeiro, esta quarta-feira, na intervenção enviada à Agência ECCLESIA, pelo Secretariado Nacional de Liturgia (SNL).
O presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade afirmou que “a música está na demanda da esperança”, lembrando que a Igreja Católica está a viver o “Ano Santo da Esperança”, o 27.º jubileu ordinário da sua história foi convocado pelo Papa Francisco e está a ser continuado por Leão XIV.
O 7.º Curso de Música Litúrgica, organizado pelo Serviço Nacional de Música Sacra do SNL, tem 53 participantes, maioritariamente jovens, de 16 das 21 dioceses católicas de Portugal, mas também do Brasil e da Guiné-Bissau; esta formação que está a decorrer na Domus Carmeli, em Fátima, até este sábado, 30 agosto, começou no dia 19.
“É uma enorme alegria poder estar aqui convosco e sentirmos este pulsar da formação litúrgica integral na Igreja em Portugal; Por vontade da Conferência Episcopal e da Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade damos continuidade a este serviço inestimável à Igreja em Portugal e, daqui também, a muitas outras igrejas presentes noutras realidades do mundo, de uma maneira especial na língua portuguesa”, desenvolveu o arcebispo de Braga.
A Igreja Católica celebra hoje, dia 28 de agosto, no seu calendário, a memória obrigatória de Santo Agostinho, D. José Cordeiro lembrou que, este bispo e doutor da Igreja dos séculos IV-V, dizia que “cantar é próprio de quem ama”, por isso, quando “o amor está aliado à parte técnica e profissional até”, que seja um lugar de “encontro e de encanto, porque a liturgia é isso”.
O responsável católico desejou que “sejam cada vez mais” as igrejas, as paróquias, as catedrais, os santuários “onde se celebra bem”, onde se possa “nutrir e alimentar a esperança pela oração, e o canto e a música fazem parte da oração, “não é para decorar a celebração, nem para animar a Missa, nem animar a liturgia, mas é cantar a Missa, cantar a liturgia”.

Os participantes do 7.º Curso de Música Litúrgica receberam a nota pastoral sobre a liturgia viva da Igreja da Conferência Episcopal Portuguesa, aprovada na Assembleia Plenária de abril, e a Carta Apostólica ‘Desiderio desideravi’ [Desejei ardentemente], sobre ‘A Formação Litúrgica do Povo de Deus’, do Papa Francisco.
“Que cada um de vós possa ter um exemplar, e possa estudar, sublinhar, e completar a vossa formação, porque ela não é só técnica e profissional, tem de ser pastoral, litúrgica, espiritual, bíblica, nessa formação integral”, disse o presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade.
D. José Cordeiro acrescentou que “só na inteireza” dessas dimensões e componentes é que poderão “prestar um bom serviço ao mistério de Cristo”: “Que a liturgia, sendo a parte mais visível da nossa fé em comunidade, que ela continue a ser esse lugar de encontro, de encanto, de beleza, no encontro com Jesus Cristo”.
O Curso de Música Litúrgica tem como objetivo preparar agentes de música da Igreja – organistas, salmistas, diretores de coro e animadores da assembleia – para o exercício responsável e consciente do seu ministério litúrgico; regressou, este ano, após um interregno de três anos, foi lançado pela primeira vez em agosto de 1991.
Esta formação é articulada em três módulos, um módulo por ano, e realiza-se na segunda metade de agosto, e num fim de semana por ano, entre o Natal e a Páscoa; no final de cada ano (Módulo) há uma avaliação de conhecimentos e práticas adquiridas.
“Temos muita esperança em vós; Parabéns e coragem e confiança para este triénio de formação que muito enriquecerá a Igreja das nossas dioceses e paróquias e comunidades de língua portuguesa.” – D. José Cordeiro
CB