Lisboa, 13 out 2017 (Ecclesia) – A Assembleia da República aprovou hoje um voto de congratulação pelos 150 anos da presença da Congregação dos Missionários do Espírito Santo em Portugal, que vai ser assinalada no dia 3 de novembro.
No documento enviado à Agência ECCLESIA, os deputados destacam uma congregação que ao longo da sua existência deu um importante contributo para o país, quer na área da “animação” missionária e da pastoral cristã quer para a “cultura portuguesa”, em áreas como “a história, etnologia, linguística, antropologia e teologia”.
“Disso são exemplos os padres António Brásio e Adélio Torres Neiva, ambos da Academia Portuguesa da História, e Joaquim Alves Correia, considerado um dos pais da democracia portuguesa, que foi homem de cultura, liberdade e opção pelos mais pobres, tendo morrido exilado nos Estados Unidos”, pode ler-se.
Os mesmos responsáveis políticos enaltecem a ação dos Espiritanos nas “diversas dioceses”, na “formação de grupos de jovens no espírito missionário, no “investimento na comunicação”, na “colaboração em capelanias hospitalares e prisionais” e no “apoia a imigrantes e refugiados”.
Um trabalho repartido por “diversos movimentos laicais de cariz missionário”, desde “a Liga Intensificadora da Ação Missionária (LIAM); passando pelo Movimento Missionário de Professores (MOMIP); os Jovens Sem Fronteiras (JSF); a Associação dos Antigos Alunos (ASES); os Leigos Associados Espiritanos; as Fraternidades e Zeladores; o Voluntariado Missionário“.
Numa reação para a Agência ECCLESIA, o provincial dos Espiritanos em Portugal, padre António Neves, já apelidou de “histórico” este voto da Assembleia da República Portuguesa.
Um “reconhecimento que muito nos honra”, disse o sacerdote.
O voto de congratulação da Assembleia da República recorda também os “grandes missionários” que fizeram a congregação desde a sua fundação em França, em meados do século XVIII, por Cláudio Poullart des Placese e Francisco Libermann.
Nomes como “os padres Tiago Laval e Daniel Brottier” e outros “estadistas e homens da cultura, formados pelos Missionários do Espírito Santo”, como “Leopold Senghor”.
Os Espiritanos chegaram a Lisboa em 1867, com a primeira estrutura de formação desta congregação a ser erguida em Braga.
Este sábado, em Lisboa, no Seminário da Torre d´Aguilha, vai ter lugar o colóquio “Comunidade Espiritana em Portugal: Memória e Promessa – 150 anos”, integrado no Jubileu dos Missionários Espiritanos.
JCP