D. Jorge Ortiga pede menos sacrifícios para «os mais desfavorecidos»
Braga, 06 jul 2011 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga afirmou esta terça-feira que as medidas de austeridade anunciadas pelo novo Governo, como o corte em 50% do subsídio de Natal, são necessárias, mas pediu menos sacrifícios para «os mais desfavorecidos».
D. Jorge Ortiga falava aos jornalistas no final da apresentação do resultado da segunda fase do projeto «Inventariação do Património da Arquidiocese de Braga».
O prelado considerou que as medidas de austeridade “devem chegar a todos os portugueses” e, particularmente, àqueles que “têm um capital maior, de tal modo que não se sacrifiquem os mais desfavorecidos”.
“Parece-me que este Governo está empenhado em encontrar soluções e esperemos que as encontre para bem deste País, sempre na certeza de que a austeridade passará um pouco pela vida de todos”, apontou.
O arcebispo sublinha que “quando se chega a uma situação de crise, depois é preciso recuperar e, então, tem de se ir subindo, sendo capaz de renunciar a coisas que são supérfluas para que daqui a algum tempo se possa ter aquilo que é indispensável para todos”.
Questionado se o povo português terá capacidade para os sacrifícios que são pedidos, o prelado respondeu que Portugal já passou por outros períodos de crise e “soube reagir e deu as mãos para com os mais necessitados e em termos de sacrifício, renunciando a alguns dos seus bens”.
“Estou convencido de que seremos capazes de ultrapassar este período de crise e viver não, por ventura, naquele patamar de países ricos, mas naquela dignidade de um país pequenino, mas onde apetece viver”, referiu, citado pelo «Diário do Minho».
D. Jorge Ortiga espera que Portugal não venha a ser palco de insurreições sociais como as da Grécia, defendendo, por isso, o reforço da segurança no País para que se possa “trabalhar e viver com calma”.
DM/OC