Igreja pode surpreender universitários

Agentes da Pastoral do Ensino Superior reflectiram «100 passados, que futuro?».

A Igreja tem “possibilidades de surpreender as pessoas na sua fase universitária” – disse à ECCLESIA o Pe. Carlos Carneiro, da Companhia de Jesus, durante o Encontro Nacional do Serviço da Pastoral do Ensino Superior, realizado em Fátima.

Ao longo de dois dias (8 e 9 de Outubro), os participantes neste actividade reflectiram sobre «100 passados, que futuro?». O sacerdote jesuíta referiu também que “vale a pena encontrar lugares onde essa surpresa se realiza”. A proposta do evangelho é “intemporal e quem a tem e vive não a pode esconder”. Muitos dos que “não a conhecem ficarão espantados e surpreendidos com a sua beleza e com a sua humanidade”.

Com 4 centros (Braga, Porto, Coimbra e Lisboa) a trabalhar com universitários, os jesuítas apostam nesta área. “Experiências para acolher, conversar e acompanhar cada um na sua história e processo”. A espiritualidade inaciana é o ponto de partida, mas a “criatividade da fé” é um caminho essencial.

Não é apenas um projecto de realização pessoal, mas também um “projecto de transformação da sociedade”. E adianta: “É isso que as pessoas as mais sonham durante a sua vida universitária” – sublinhou o Pe. Carlos Carneiro.

A Companhia de Jesus pretende fomentar – no mundo universitário – a “experiência e a possibilidade de Deus” e deseja “traduzir o evangelho para as novas gerações”. Só assim a sociedade poderá ser “contagiada por essa positividade”.

Nesta iniciativa, os agentes da pastoral universitária trocaram também experiências sobre este sector. O Pe. Nuno Santos, responsável nacional do Serviço da Pastoral do Ensino Superior, declarou que a temática do encontro pretendeu “recuperar a memória, trazê-la ao coração e projectar o tempo que se segue”.

[[v,d,1553,Igreja na universidade]]As solicitações são “sempre maiores do que a capacidade de lhes dar resposta”. Apesar de tudo, “tem havido um esforço” para “encontrar respostas para as necessidades reais” – reconheceu o Pe. Nuno Santos. Com realidades diocesanas distintas, o responsável frisou que é fundamental criar “linhas orientadoras” na Pastoral do Ensino Superior.

Com uma conferência sobre a «Igreja e Universidade: percursos e desencontros», D. Manuel Clemente sublinhou que a “Universidade é a instância da sociedade onde a reflexão se aprofunda e partilha”.

Numa sociedade de constante informação, o bispo do Porto reconhece que o acolhimento daquilo que surge tem de ser “uma actividade permanente” e “a universidade ajuda «a arrumar ideias»”.

Ao referir-se à pedagogia de Bento XVI no diálogo Igreja/Cultura, D. Manuel Clemente declarou que o actual papa “é de raiz um universitário” e com “presenças frequentes no meio académico”. E conclui: “isso ajuda-o a detalhar as questões nos diversos aspectos”

Durante o encontro foi projectado o documentário «100 anos: figuras e movimentos» tema que esteve em destaque no programa 70X7 deste domingo.

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