Igreja pede medidas de apoio a jovens que procuram primeiro trabalho

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga, defendeu hoje uma maior aposta em políticas de apoio aos jovens que procuram o primeiro emprego, sublinhando a dificuldade que o país tem em criar oportunidades para recém-licenciados. Pelo menos 43 mil licenciados desempenhavam em 2007 trabalhos de baixa qualificação ou não qualificados, como limpezas ou construção civil, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados hoje. Comentando estes números, D. Jorge Ortiga considerou que esta questão deve ser encarada como uma prioridade pelo Estado e pela sociedade. “Criar condições de igualdade de oportunidades para todos deve ser a primeira responsabilidade dos poderes políticos e das autoridades”, afirmou o arcebispo de Braga, que admite a dificuldade do país em criar empregos para jovens licenciados. “A realidade do primeiro emprego é uma situação que me preocupa porque se trata de um problema nacional” e dificulta a inserção social dos jovens, considerou. Para o presidente da CEP, o “trabalho é um direito para todo e qualquer cidadão” e a sociedade tem de encontrar soluções adequadas para inserir os jovens quadros. “Uma coisa são as estatísticas e outra são aquilo que se passa na realidade”, acrescentou o bispo, que tem enfrentado os problemas sociais do “Minho e do Vale do Ave”, onde várias empresas têm fechado. “A situação está melhor mas ainda há muito por fazer”, salientou D. Jorge Ortiga.

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