Igreja pede ao governo venezuelano que respeite diferença de opiniões

A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) pediu ao governo de Hugo Chávez que não “demonize” as manifestações maciças de estudantes, principais protagonistas dos protestos de ruas no país depois do encerramento da emissora independente Radio Caracas Televisión (RCTV). Numa declaração intitulada “Trabalhar pela paz” www.cev.org.ve/noticias_det.php?id=248), dirigida a todo o país, a Presidência da Conferência Episcopal da Venezuela (CEV) exorta as autoridades do país, os dirigentes sociais, políticos e estudantis a colocarem “todo o seu empenho na manutenção da paz e para evitar qualquer acto de violência”. O documento, assinado por D. Ubaldo Santana, presidente da CEV, recorda que as manifestações pacíficas na Venezuela estão contempladas na Constituição da República “como um dos valores superiores do Estado”, por isso pedem que não lhes sejam dadas “uma conotação de conspiração”. Os bispos pedem que sejam respeitadas as declarações por parte de instituições e pessoas que criticaram a decisão do governo de fechar o sinal da RCTV, incluindo as que vieram da Igreja Católica. “A presidência da CEV recusa qualquer acusação de ‘conspiração’ efectuada contra qualquer dos bispos e organismos da Igreja, em especial contra a Nunciatura Apostólica, embaixada do Papa na Venezuela”, pode ler-se. No comunicado, os Bispos deploram a decisão de encerrar a RCTV, “apesar dos nossos respeitosos pedidos feitos ao Governo em várias oportunidades”, e pedem que os conflitos se resolvam “com sensatez, ponderação e dentro do quadro constitucional”. Hugo Cháve chamou “peões do imperialismo” aos que vêm protestando contra a decisão de não renovar a concessão da RCTV, uma das emissoras mais antigas da América Latina, depois de 53 anos no ar.

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