Fátima, 07 out 2021 (Ecclesia) – A coroa preciosa de Nossa Senhora do Rosário de Fátima vai estar exposta pela primeira vez na igreja de São Roque, hoje e esta sexta-feira, no âmbito da 1ª Bienal de Joalharia Contemporânea.
A exposição da coroa, desde as 12h00 desta quinta-feira até às 18h00 de sexta-feira, 8 de outubro, é uma oportunidade para “fazer memória de uma peça de joalharia dos anos 40 do século XX cuja relevância extravasa o valor artístico e patrimonial”, realça uma nota enviada à Agência ECCLESIA.
Além da exposição, a deslocação da coroa de Fátima até Lisboa, tem um programa pastoral associado que começa com a celebração Eucarística, presidida pelo reitor do santuário mariano, às 12h30, na igreja de São Roque.
Segue-se um colóquio, entre as 18h00 e as 20h00, no qual participam o diretor do Museu do Santuário, Marco Daniel Duarte, o gemólogo Rui Galopim de Carvalho, o joalheiro Jorge Leitão, a jornalista Aura Miguel e o diretor do Museu da Gulbenkian, António Filipe Pimentel, e encerra com uma intervenção do reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas.
A história desta coroa, que nos dias solenes é colocada na Imagem que se venera na Capelinha das Aparições, começa em 1942, quando um conjunto de mulheres portuguesas quis agradecer a Nossa Senhora de Fátima o facto de Portugal não ter entrado na Segunda Guerra Mundial, que ainda decorria.
“Decidiram então doar peças valiosas – colares, pulseiras, anéis, brincos e outras joias – que serviriam para a construção de uma coroa que seria colocada na veneranda imagem”.
A “coroação solene” viria a acontecer mais tarde, em 1946, já terminada a guerra.
A coroa viria quase a tornar-se, ela própria, um objeto de veneração depois do atentado contra João Paulo II em 1981.
A bala que atingiu o Papa polaco, recebida por D. Alberto Cosme do Amaral das mãos do próprio Papa, em Roma, foi colocada na coroa de Nossa Senhora de Fátima oito anos depois do atentado na Praça de São Pedro.
LFS