Semana de celebrações leva milhares de pessoas ao Vaticano
Cidade do Vaticano, 23 mar 2017 (Ecclesia) – O sacerdote português Ambrósio Francisco Ferro, morto no Brasil a 3 de outubro de 1645 durante perseguições anticatólicas, por tropas holandesas, vai ser canonizado pelo Papa este domingo, no Vaticano.
O futuro santo faz parte do grupo dos chamados “protomártires do Brasil”, que foram mortos no atual território da Arquidiocese de Natal, então sob jurisdição portuguesa.
Centenas de pessoas desta região partiram para Roma, acompanhado as várias celebrações que precedem a canonização dos primeiros santos mártires do Brasil, acompanhados pelo arcebispo de Natal, D. Jaime Vieira Rocha.
O padre Ambrósio Francisco Ferro era vigário do Rio Grande; sabe-se que outro dos mártires, António Vilela Cid, natural de Castela, era casado com uma irmã do futuro santo, Inês Duarte, açoriana.
As perseguições do século XVII custaram a vida aos padres André de Soveral e Ambrósio Francesco Ferro, além do leigo Mateus Moreira e outros 27 companheiros.
A 16 de julho de 1645, o padre André de Soveral e outros fiéis foram mortos por 200 soldados holandeses e índios potiguares, quando celebravam a Missa dominical.
A 3 de outubro de 1645, houve o "massacre de Uruaçú" no qual o padre Ambrósio Francisco Ferro foi torturado e assassinado.
Estes fiéis católicos foram beatificados por João Paulo II, no Vaticano, a 5 de março de 2000, que os apresentou como “as primícias do trabalho missionário, os protomártires do Brasil”.
No local do massacre foi erguido o ‘Monumento dos Mártires’.
Além dos mártires do Brasil, vão ser canonizados a 15 de outubro, no Vaticano, três jovens mártires mexicanos (Cristóforo, António e João), o padre espanhol Faustino Míguez e o religioso capuchinho Angelo de Acri, italiano.
No dia 16, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Sérgio da Rocha, vai celebrar uma Missa em ação de graças no altar da Cátedra de São Pedro, na Basílica do Vaticano.
OC