Igreja: Papa rezou em silêncio e depositou flores junto de campas de crianças e bebés no Cemitério Laurentino de Roma

Francisco presidiu à Missa no dia da comemoração dos fiéis defuntos, no «Jardim dos Anjos»

Cidade do Vaticano, 02 nov 2024 (Ecclesia) – O Papa Francisco rezou este sábado, em silêncio, junto às campas de crianças e bebés por nascer, no “Jardim dos Anjos”, no Cemitério Laurentino de Roma, em Itália, antes de presidir à Missa dos fiéis defuntos.

Francisco depositou flores junto às sepulturas e saudou um pai que perdeu uma filha, no terceiro maior cemitério da capital italiana com 21 hectares, onde esteve há seis anos, em 2018, tendo também rezado e presidido ali à Eucaristia.

Antes de presidir à Eucaristia, com início às 10h (9h em Lisboa), Francisco, que chegou de cadeira de rodas, foi recebido pelo presidente da Câmara de Roma, Roberto Gualtieri, e cumprimentou os fiéis.

Este ano, o Papa não proferiu homilia, optando por ficar um momento em silêncio, na Eucaristia que teve lugar no “Jardim dos Anjos”, inaugurado a 4 de janeiro de 2012, uma área verde de cerca de 600 metros quadrados dedicada à sepultura de crianças.

Antes da bênção final, o Papa abençoou as sepulturas e fez uma oração.

“Ao visitarmos o cemitério, lugar de repouso dos nossos irmãos e irmãs falecidos, renovamos a nossa fé em Cristo que morreu, foi sepultado e ressuscitou para nossa salvação. Também os corpos mortais despertarão no último dia, e aqueles que adormeceram no Senhor serão associados a Ele no triunfo sobre a morte. Com esta certeza, elevamos ao Pai a nossa oração unânime de sufrágio e de bênção”, disse o Papa.

A intenção de oração do mês de novembro é dedicada aos pais que perderam os filhos.

“Rezemos para que todos os pais que choram a morte de um filho ou filha encontrem apoio na comunidade e obtenham do Espírito consolador a paz de coração”, pediu Francisco, na nova edição do ‘Vídeo do Papa’.

Na mensagem, o Papa refere que “viver mais tempo do que o seu filho não é natural” e que a dor provocada pela sua perda é especialmente intensa”.

“Para oferecer conforto a estes pais que perderam um filho, devemos ouvi-los, estar próximos deles com amor, cuidando essa dor que sentem com responsabilidade, imitando a forma como Jesus Cristo consolava os que estavam aflitos”, propôs.

No dia 2 de novembro celebra-se, no calendário católico, a ‘comemoração de todos os fiéis defuntos’, que remonta ao final do primeiro milénio: foi o Abade de cluny, Santo Odilão, quem no ano 998 determinou que em todos os mosteiros da sua Ordem se fizesse nesta data a evocação de todos os defuntos ‘desde o princípio até ao fim do mundo’.

Em 2023, o Papa presidiu à Missa por todos os fiéis defuntos, no ‘Rome War Cemetery’, da capital italiana, evocando as vítimas das guerras da atualidade e as “vidas ceifadas” pelos conflitos de todos os tempos.

LJ

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Agência ECCLESIA

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