Igreja: Papa reza pelas crianças abandonadas

Homenagem à Imaculada Conceição levou Francisco às ruas de Roma

Roma, 08 dez 2016 (Ecclesia) – O Papa Francisco rezou hoje pelas crianças abandonadas, durante uma homenagem à Virgem Maria, na Praça de Espanha, Roma, uma tradição anual que decorre no dia da Imaculada Conceição.

“Trago-te, Mãe, as crianças, especialmente as sós, abandonadas, e que por isso são enganadas e exploradas”, declarou, na oração proferida diante da imagem, na capital italiana.

O Papa, que saiu do Vaticano num carro utilitário, disse levar no seu coração as pessoas que lhe foram confiadas “na cidade de Roma e no mundo inteiro”.

A intervenção evocou em particular “os irmãos pobres, doentes, desprezados”, pedindo o compromisso das comunidades católicas para “levantar quem caiu e apoiar quem vacila”.

Francisco rezou ainda pelas famílias, especialmente as que passam por maiores dificuldades por causa de “problemas internos e externos”.

“Trago-te, Mãe, todos os trabalhadores, homens e mulheres, e confio-te sobretudo que, por necessidade, se esforça por cumprir um trabalho indigno, quem perdeu o trabalho ou não consegue encontra-lo”, prosseguiu.

O Papa pediu que as pessoas possam “reencontrar” a capacidade de olhar para o mundo com “respeito e reconhecimento”, ao encontro de quem está só, sem ceder ao “desencorajamento”.

A deslocação à Praça de Espanha, junto do monumento à Imaculada Conceição, que recorda em Roma o dogma proclamado por Pio IX, é uma tradição iniciada pelos predecessores de Francisco; o Papa levou flores até junto da imagem que foi colocada nesta praça, em 1857.

Francisco passou largos minutos a cumprimentar doentes, pessoas com deficiência, crianças e idosos que acorreram ao local.

O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi proclamado a 8 de dezembro de 1854, através da bula ‘Ineffabilis Deus’, a qual declara a santidade da Virgem Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, sendo preservada do pecado original.

A solenidade da Imaculada Conceição tinha sido assinalada ao meio-dia de Roma (menos uma em Lisboa) com a recitação do ângelus, na Praça de São Pedro.

Nessa ocasião, Francisco contrapôs o “sim” de Maria a Deus ao “não” da humanidade, relatado pelo livro do Génesis.

“E como o ‘não’ das origens tinha fechado a passagem do homem a Deus, assim o ‘sim’ de Maria abriu o caminho para Deus entre nós. É o ‘sim’ mais importante da história, o ‘sim’ humilde que derruba o ‘não’ soberbo das origens, o ‘sim’ fiel que cura a desobediência, o ‘sim’ disponível que derrota o egoísmo do pecado”, sustentou.

Antes de regressar ao Vaticano, esta tarde, o Papa deslocou-se à Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, para rezar diante da imagem de Nossa Senhora, ‘Salus Populi Romani’.

OC

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Agência ECCLESIA

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