Igreja: Papa Francisco desafia mulheres a reforçar intervenção

Colóquio internacional juntou 500 representantes de organizações católicas em Fátima

Fátima, Santarém, 28 out 2014 (Ecclesia) – A presidente da União Mundial das Organizações Femininas Católicas (UMOFC) afirmou que a “abertura” do Papa Francisco na reflexão sobre o papel das mulheres da Igreja é um desafio para a organização.

“Temos de trabalhar mais e aproveitar o espírito de abertura do Papa Francisco, o seu encorajamento à reflexão sobre as mulheres. Esperemos que isto nos ajude a melhorar”, disse Maria Giovanna Ruggieri à Agência ECCLESIA.

A responsável recordou, durante os trabalhos que decorreram em Fátima, que o Papa convidou as mulheres a terem um papel mais ativo na Igreja, convidando as participantes a “oferecer os seus dons, reflexões e ideias para aprofundar a missão e a presença femininas” nas comunidades católicas.

“Encorajamos as mulheres a ter um compromisso cada vez mais forte na Igreja e também pedimos que sejam reconhecidas, porque fazem muito e nem sempre são devidamente consideradas”, assinalou a entrevistada.

A assembleia-geral da UMOFC concluiu-se esta segunda-feira, após uma semana de trabalhos com o lema «Mulheres semeadoras de esperança».

“As prioridades são o tema da família – acabamos de ter um Sínodo especial, em Roma -, a juventude, porque estamos muito preocupados com a falta de contacto e gostaríamos de construir uma ponte entre nós e os jovens”, explica Maria Giovanna Ruggieri, reconduzida na presidência.

A UMOFC quer ainda dedicar um “cuidado especial pelos pobres, as pessoas que sofrem no mundo, os deslocados, os refugiados, as pessoas que são perseguidas”, recordando em particular a situação no Médio Oriente.

Em Fátima estiveram 500 mulheres, representantes de mais de 100 organizações de 66 países dos cinco continentes, que enfrentam “os grandes desafios na sociedade”.

A União Mundial das Organizações Femininas Católicas foi criada em 1910 e visa “promover a presença participação e responsabilidade das mulheres católicas na sociedade e na Igreja”, particularmente “aumentando as oportunidades de educação, reduzindo a pobreza e promovendo os Direitos Humanos, a começar pelo direito fundamental à vida”.

HM/OC

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Agência ECCLESIA

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