Francisco mobiliza católicos para jornadas de oração e reflexão sobre estas temáticas
Cidade do Vaticano, 07 fev 2016 (Ecclesia) – O Papa denunciou hoje no Vaticano a “intolerável vergonha” do tráfico de pessoas, em vésperas de uma jornada de oração e reflexão sobre esta temática, promovida pela Igreja Católica.
Francisco declarou que esta iniciativa “oferece a todos a oportunidade de ajudar os novos escravos de hoje a quebrar as pesadas correntes da exploração” para recuperarem “a sua liberdade e dignidade”.
“Penso em particular em tantas mulheres e homens e em tantas crianças! É preciso fazer todos os esforços para debelar este crime e esta vergonha intolerável”, acrescentou, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a recitação do ângelus.
A “Jornada internacional de oração e reflexão contra o tráfico de pessoas” é celebrada anualmente a 8 de fevereiro desde 2015 em todas as dioceses e paróquias do mundo, no dia da festa litúrgica de Santa Josefina Bakhita, escrava sudanesa libertada e religiosa canossiana, canonizada no ano 2000.
A iniciativa é promovida pelo Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes, pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz e pelas Uniões internacionais, femininas e masculinas, dos Superiores Gerais.
Cerca de 21 milhões de pessoas, por norma pobres e vulneráveis, são vítimas do tráfico para a exploração sexual ou do trabalho forçado, extração de órgãos, mendicância, escravatura doméstica, casamentos forçados, adoção ilegal e outras formas de abuso.
O Papa Francisco evocou ainda a “Jornada pela Vida” que se celebra hoje na Itália, por iniciativa dos bispos católicos, dirigindo-se às entidades “institucionais, educativas e sociais” para pedir um “renovado compromisso em favor da vida humana desde a sua conceção ao seu fim natural”.
“Que a nossa sociedade seja ajudada a curar-se de todos os atentados à vida, ousando uma mudança interior, que se manifesta também através das obras de misericórdia”, desejou.
A intervenção concluiu-se com uma saudação aos docentes universitários de Roma e a todo os que estão “empenhados em testemunhar a cultura da vida”.
OC