Francisco tem recordado importância de dar «sentido cristão» às celebrações destes dias
Cidade do Vaticano, 24 dez 2016 (Ecclesia) – O Papa Francisco começa hoje a celebrar o seu quarto Natal no Vaticano, presidindo à ‘Missa do Galo’ pelas 21h30 de Roma (menos uma em Lisboa), na Basílica de São Pedro.
A Santa Missa da Noite da Solenidade do Natal do Senhor, na sua designação oficial, é presidida pelo canto da ‘calenda’.
Já no dia 25 de dezembro, Solenidade do Natal do Senhor, Francisco dirige a mensagem e a bênção natalícia ‘Urbi et Orbi’ [à cidade (de Roma) e ao mundo], a partir das 12h00 locais, na varanda central da Basílica do Vaticano.
Simbolicamente, o presépio que este ano foi colocado na Praça de São Pedro é obra do artista Manwel Grech, da ilha maltesa de Gozo, e reproduz a ambiência do arquipélago do Mediterrâneo, além da tradicional Cruz de Malta e os ‘luzzu’, embarcações locais.
Este último elemento, sublinhou Francisco, no início deste mês, recorda a “triste e trágica realidade dos migrantes” que procuram chegar à Europa através do Mediterrâneo.
“Na dolorosa experiência destes irmãos e irmãs devemos rever a do Menino Jesus, que no momento do seu nascimento não teve onde ficar e veio ao mundo na gruta de Belém; depois, foi levado para o Egito, para fugir à ameaça de Herodes”, observou, numa audiências às autoridades que ofereceram o presépio e a árvore de Natal, com 25 metros de altura.
Ao longo das últimas semanas, o Papa apresentou várias reflexões sobre o Natal, em encontros com peregrinos e celebrações litúrgicas, convidando a redescobrir o sentido “verdadeiramente cristão” desta celebração.
"Procuremos entrar no verdadeiro Natal, o de Jesus que está próximo, é Deus connosco, próximo de nós, para receber a graça desta festa, que é uma graça de amor, de humildade e de ternura", apelou.
Francisco aludiu à “pequenez” do Deus-Menino, que dá sentido ao Natal, “uma graça de amor, de humildade e de ternura”
“Abramos os nossos corações a esta pequenez e esta maravilha, e deixemo-nos surpreender pelo Deus-Menino que se faz vizinho de cada um de nós”, pediu.
O Papa espera que, para lá dos sinais exteriores, os católicos saibam viver o Natal com atenção aos “mais fracos e necessitados” que vivem ao seu lado.
OC