Entre as várias deslocações em agenda, Francisco reservou espaço para a sua terra natal, a Argentina, em 2016
Cidade do Vaticano, 19 jan 2015 (Ecclesia) – O Papa revelou hoje a sua intenção de visitar ainda este ano o continente africano, em particular a República Centro-Africana e o Uganda, e também vários países do continente americano, incluindo a sua pátria, a Argentina, mas em 2016.
Em declarações aos jornalistas, a caminho de Roma depois da sua visita ao Sri Lanka e às Filipinas, Francisco disse que “conta ir” ainda em 2015 àqueles dois países e que a viagem só não aconteceu mais cedo “devido ao surto de Ébola” que afetou grande parte de África.
“É uma grande responsabilidade, promover um encontro tão grande como este, por causa do perigo de contágio, não? Mas nestes países o problema não se colocou. Serão duas hipóteses a visitar este ano”, avançou, de acordo com a Rádio Vaticano.
No que toca ao continente americano, além da visita que fará em setembro aos Estados Unidos da América, para participar no 8.º Encontro Mundial das Famílias, na cidade de Filadélfia, o Papa conta viajar também para o “Equador, a Bolívia e o Paraguai”.
“E no próximo ano, Deus queira, vou estar – embora ainda não esteja nada previsto – no Chile, na Argentina e no Uruguai”, revelou.
Sobre a deslocação aos Estados Unidos, Francisco acrescentou que além da passagem por Filadélfia irá estar também em Nova Iorque, na sede das Nações Unidas, e em Washington, onde irá presidir à canonização do Beato Junípero Serra (1713-1784), um franciscano que evangelizou a Califórnia.
“Ir à Califórnia seria bom, celebrar lá a cerimónia de canonização, mas temos o problema do tempo. Seria necessário acrescentar mais dois dias à agenda” considerou o Papa argentino.
Assim, à partida o acontecimento deverá ter lugar no Santuário da Imaculada Conceição em Washington, um local de relevância “nacional” e portanto, com a dignidade que se exige nestas ocasiões.
Esta conferência de imprensa improvisada a bordo do avião, iniciativa já habitual no Papa Francisco, ficou ainda marcada por um momento de boa disposição, quando foi abordada a possibilidade de passar também pelo México.
“Entrar nos Estados Unidos a partir da fronteira com o México seria bonito, como sinal de fraternidade e apoio aos emigrantes, mas ir ao México sem visitar o Santuário de Guadalupe seria um drama e poderia mesmo provocar uma guerra ali. Haverá tempo para visitar o México”, garantiu.
RV/JCP