Quito 2024: Padre Carlos Aquino destaca «experiência de fraternidade» e «comunhão» vivida no Congresso Eucarístico Internacional

«Temos a responsabilidade de ser um bocadinho fermento nas nossas comunidades», afirmou sacerdote do Algarve

Quito, 14 set 2024 (Ecclesia) – O cónego Carlos Aquino, da Diocese do Algarve, afirma que participar no Congresso Eucarístico Internacional, que está a decorrer em Quito (Equador), “é um grande impulso” e aponta, em concreto, para a “experiencia de fraternidade”.

“Aqui aprendemos que na verdade a Eucaristia é cume e fonte da nossa vida, da vida da Igreja mas também aprendemos a ser pão, partido e compartilhado, e isso é uma riqueza extraordinária. E aqui numa multiculturalidade imensa, em comunhão com outros povos, com outras culturas, mas nos sentimos um só, unidos a Cristo, e é maravilhoso”, disse o sacerdote algarvio, em declarações enviadas à Agência ECCLESIA, pelo Secretariado Nacional de Liturgia.

O 53.º Congresso Eucarístico Internacional (CEI) está a decorrer em Quito, no Equador, desde o dia 8, com o tema ‘Fraternidade para curar o mundo. «Todos vós sois irmãos» (Mt 23,8)’, e termina este domingo, 15 de setembro.

“É um grande impulso, aqui sentimos uma experiencia de fraternidade, no modo como somos acolhidos, como celebramos a fé, também como a aprofundamos e é sempre m momento profundamente enriquecedor”, salientou.

O 53.º CEI conta com 53 delegações e cinco mil congressistas de todo o mundo, incluindo a delegação portuguesa, que conta com 22 elementos – um bispo, 12 sacerdotes, um religioso e oito leigos.

O cónego Carlos Aquino destacou que o marcou também a “comunhão” do grupo de Portugal, porque não se conheciam e “foi tão fácil, unidos no mesmo ideal” e, reunidos na Eucaristia, também sentiram “essa presença de irmãos”.

“Marcou-me muito a amizade entre todos nós”, realçou o sacerdote, sobre o grupo luso que tem pessoas de várias dioceses: Algarve, Angra, Aveiro, Beja, Braga, Évora, Leiria-Fátima, Lisboa, Porto, Viseu e Ordinariato Castrense.

Para além de “algumas experiências na parte da reflexão” do Congresso Eucarístico Internacional, o entrevistado lembrou também o “acolhimento de algumas comunidades” que receberam os portugueses “de modo tão fraterno”, e exemplificou com o convite que receberam na quinta-feira à noite, após a celebração da Eucaristia, para o grupo linguístico português, na Basílica de Nossa Senhora das Mercês.

“Fomos surpreendidos com o jantar da comunidade e isso manifesta experiência de fraternidade imensa que só é possível porque Jesus Cristo vive em nós”, acrescentou.

O 53.º Congresso Eucarístico Internacional termina este domingo, dia 15 de setembro, e, segundo o padre Carlos Aquino, “toda a comunhão” que os reuniu em Quito têm a responsabilidade de “ser um bocadinho fermento nas comunidades” em Portugal, com “a simplicidade, a humildade de ser esse pequenino fermento” que vão também transformando.

“Acho que levamos muita riqueza deste encontro espiritual e acho que temos todos a obrigação e a missão de, chegando às nossas comunidades, levarmos toda a alegria, profundidade que aqui refletimos, celebramos, experimentámos, e contagiarmos os outros também”, concluiu sacerdote da Diocese do Algarve, enviado ao Congresso Eucarístico.

O Papa designou a Arquidiocese de Quito como sede do 53.º IEC por ocasião da celebração do 150.º aniversário da consagração do país sul-americano ao Sagrado Coração de Jesus, “a primeira nação do mundo a fazê-lo”; Francisco, numa mensagem para o início do encontro, propôs a «fraternidade radical» para transformar a sociedade.

CB

Notícia atualizada às 19h00

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Agência ECCLESIA

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