Igreja: Ordem de São João de Deus considera «caluniosas» acusações de abusos sexuais nas suas instituições

Religiosos reagem em comunicado às investigações anunciadas pela Procuradoria-Geral da República e sublinham colaboração com a Justiça

Lisboa, 21 dez 2012 (Ecclesia) – A Ordem Hospitaleira de São João de Deus classificou hoje como “falso e calunioso” o conteúdo das acusações de alegados abusos sexuais nas instituições desta congregação religiosa.

Os responsáveis da ordem católica reagiram, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, ao anúncio da abertura de três inquéritos no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), feito pela Procuradoria-Geral da República.

Segundo os religiosos, as regras e os procedimentos para estes casos são “absolutamente claros e transparentes”.

“Assim continuará a ser, com o máximo rigor e transparência, prestando toda a colaboração que lhe for solicitada por todas as autoridades competentes”, acrescenta a nota oficial.

Os factos em investigação nos referidos inquéritos respeitam à eventual prática de crimes contra as pessoas, designadamente crimes de abuso sexual de incapazes e de pessoa internada, e de crimes patrimoniais e de natureza fiscal.

Os religiosos afirmam que as denúncias têm como “único intuito de lesar o bom nome da Província Portuguesa da Ordem Hospitaleira de S. João de Deus, do Instituto de S. João de Deus e dos seus colaboradores”.

Os responsáveis assinalam que as instituições em causa “têm regras instituídas e muito claras relativamente à eventualidade de existência de abusos sexuais” e que “qualquer eventual suspeita deve ser sempre investigada e comunicada às autoridades competentes”.

A Procuradoria observa que um inquérito, que correu termos nos serviços do Ministério Público de Ponta Delgada, por factos reportados ao Ministério Público pelo próprio Instituto São João de Deus, foi arquivado por insuficiência de indícios, “sendo passível de reabertura se novos elementos probatórios que o justifiquem forem carreados”.

Em relação a esta situação, os irmãos de São João de Deus esclarecem que nunca esteve em causa “qualquer menor ou ato de pedofilia”.

OC

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Agência ECCLESIA

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