Igreja: Oração é força «estruturante» e deve ser mais que «nota de rodapé» na vida diária, diz patriarca de Lisboa (c/vídeo e fotos)

D. Rui Valério iniciou ciclo de catequeses do ano convocado pelo Papa para preparar Jubileu 2025

Lisboa, 29 mai 2024 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa iniciou, na noite de terça-feira, o ciclo de catequeses sobre a oração, promovido pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) na preparação para o Jubileu 2025, falando numa força “estruturante” da vida.

“A oração não é uma nota de rodapé. Não é qualquer coisa de marginal na nossa vida, mas a oração tem esta força estruturante. É um alicerce da nossa existência”, declarou D. Rui Valério, numa reflexão sobre o tema ‘Rezar hoje’, que decorreu na igreja de Santa Joana Princesa, com transmissão online nos canais da Agência ECCLESIA nas redes sociais.

O responsável católico sublinhou que a oração tem várias dimensões, como o louvor, a súplica e o agradecimento.

A CEP publicou a 19 de maio, solenidade de Pentecostes, uma nota pastoral, convidando as comunidades católicas a celebrar o Ano de Oração convocado pelo Papa, rumo ao Jubileu 2025, sob o lema “Peregrinos de Esperança”.

O Dicastério para a Evangelização (Santa Sé) preparou oito ‘Apontamentos sobre a Oração’ como apoio à vivência deste ano, que a CEP, em cooperação com as Edições Paulinas, a Agência ECCLESIA e o Departamento de Comunicação do Patriarcado de Lisboa, vai divulgar em oito fascículos, acompanhados de “folhetos pedagógicos para ajudar à reflexão”.

De maio a dezembro deste ano são divulgados os temas, com catequeses a partir das dioceses.

O patriarca de Lisboa sublinhou, no arranque deste ciclo, que a oração é um momento de “verdade: verdade da fé, verdade da vida, verdade de mim próprio”:

“É na oração que o conteúdo da minha fé se torna verdadeiramente vida, verdadeiramente experimentado. É na oração que eu sinto que sou filho”, declarou.

Onde é que eu faço a experiência da redenção? De um Cristo que me escuta, que me enxuga as lágrimas do coração e, às vezes, até as lágrimas autênticas. É na oração”.

D. Rui Valério partilhou a sua experiência pessoal de oração, destacando a importância de encontrar o tempo e os espaços necessários, sem procurar “desculpas” para adiar o tempo dedicado à vida espiritual.

“É preciso ter força para rezar”, recomendou.

A intervenção destacou que, além de silêncio, “a oração é também palavra”.

“A oração são os sentimentos. A oração é a tua coragem, mas pode ser também o teu medo, o teu receio. É as tuas certezas, mas são também as tuas dúvidas”, disse o patriarca de Lisboa.

O responsável pediu que os católicos vivam a oração como o encontro “com uma pessoa viva”.

“Nunca estamos sozinhos. Nem sozinhos com Ele. Mas em cada um de nós está toda uma comunidade. Nas minhas palavras estão as palavras de milhares de homens que se dão dirigidas ao Senhor”, apontou.

As próximas sessões têm como tema “rezar com os Salmos (junho); a oração de Jesus (julho); rezar com os santos e pecadores (agosto); as parábolas da oração (setembro); A Igreja em oração (outubro); a oração de Maria e das santas que a encontraram (novembro); a oração que Jesus ensinou (dezembro).

No dia 21 de janeiro, o Papa proclamou um ano de oração para preparar as celebrações do Jubileu 2025, cuja porta santa vai ser aberta no próximo dia 24 de dezembro, na Basílica de São Pedro.

O ano santo de 2025 vai ser o 27.º jubileu ordinário da história da Igreja; o Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro ano santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos.

OC

Ano Santo: Celebrações começam com abertura da Porta Santa, a 24 de dezembro

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Agência ECCLESIA

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