Presidente internacional da instituição apelou à «espiritualidade dos Vicentinos» durante visita a Portugal
Lisboa, 21 ago 2012 (Ecclesia) – O responsável nacional da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP), organização católica de apoio aos desfavorecidos, afirmou hoje que a espiritualidade cristã contribui para tratar o desalento causado pela pobreza e desemprego.
“A oração é uma cura para a depressão. Quem ora continuamente vai aceitar as vicissitudes da vida com outro espírito e de maneira mais positiva”, frisou António Correia Saraiva em declarações à Agência ECCLESIA.
O dirigente sublinhou que o apelo à “espiritualidade dos Vicentinos” foi uma constante das intervenções do presidente internacional da SSVP, Michael Thio, durante a visita de cinco dias a Portugal que terminou no domingo.
“Acredito que se muitas pessoas, incluindo os Vicentinos e aquelas que socorremos, tivessem uma vida de oração, ganhariam esperança, teriam um sentido da vida absolutamente diferente e não passariam por tantas angústias”, apontou.
António Correia Saraiva considera que a intensificação da espiritualidade dos 15 mil membros da SSVP em Portugal terá impacto positivo nas pessoas ajudadas pela instituição: “Temos de lhes dar força para não desanimarem”.
O presidente vincou que “nunca se reza demais”, dado que “sem uma oração fervorosa e contínua não se conseguem obter as graças pretendidas”, mas admitiu o risco de a interioridade orante passar para segundo plano devido à emergência das carências materiais dos pobres.
O desfecho positivo do processo de canonização do Beato Frédéric Ozanam, que pode levar o Vaticano a declarar a santidade do fundador da Sociedade de São Vicente de Paulo, constitui para António Correia Saraiva outro motivo para a oração dos Vicentinos.
O responsável nacional referiu ainda que Michael Thio “ficou muito agradado com o trabalho que tem sido desenvolvido, pelo que o balanço da visita é altamente positivo”, embora “nada possa ficar igual” após a sua passagem por Portugal.
A Sociedade de São Vicente de Paulo, inspirada no santo francês com o mesmo nome que viveu entre 1581 e 1660, foi criada em Paris no ano de 1833, tendo chegado a Portugal em 1859, quando foi criada a primeira Conferência, em Lisboa.
RJM