Lisboa, 04 jul 2012 (Ecclesia) – O padre alemão Heinz Kulüke foi eleito esta terça-feira o responsável máximo da congregação católica Sociedade do Verbo Divino (Verbitas), a que está ligado há 33 anos.
A votação decorreu na cidade italiana de Nemi, próxima de Roma, onde 125 membros da congregação, incluindo o superior em Portugal, padre José Antunes da Silva, participam até 15 de julho no 17.º Capítulo Geral, revela uma nota enviada à Agência ECCLESIA.
O novo superior geral dos Verbitas nasceu no ano de 1956 em Spelle, frequentou uma escola de eletrotecnia, cumpriu o serviço militar na Força Aérea e retomou os estudos na especialidade de engenharia eletrónica.
Ligou-se à Sociedade do Verbo Divino em 1979 e após a ordenação sacerdotal, em 1986, foi enviado da Alemanha para as Filipinas, onde permaneceu três anos até ir para os EUA, onde completou o mestrado em Filosofia.
O padre Kulüke iniciou em 1990 o ensino da disciplina na Universidade de São Carlos, situada na cidade filipina de Cebu, e dois anos depois transitou para Roma, onde ficou até 1994 para redigir a tese de doutoramento.
Regressou à universidade, foi vice-presidente para os assuntos académicos da instituição entre 1997 e 1999 e ocupou o cargo de reitor da comunidade dos Verbitas no mesmo estabelecimento de ensino de 1996 a 2005.
Em 1998 foi designado vice-superior dos Verbitas na Província Sul das Filipinas, tendo assumido a sua direção a partir de 2005, cargo em que foi reconduzido no ano de 2008 e, a título excecional, em 2011.
O Papa Bento XVI vai fazer na segunda-feira uma visita privada à casa onde decorre o Capítulo Geral, em Nemi, dado que o espaço recebeu o então jovem Joseph Ratzinger em 1964, durante os trabalhos do Concílio Vaticano II (1962-1965), nos quais tomou parte na qualidade de perito.
A Congregação dos Missionários do Verbo Divino, fundada em 1875 na Holanda pelo padre alemão Santo Arnold Janssen, chegou a Portugal em 1949, estando hoje presente em Lisboa, Fátima, Guimarães, Almodôvar, Nisa e Tortosendo, a primeira comunidade.
Os Verbitas, que contam com seis mil membros de mais de 50 nacionalidades, dedicam-se “sobretudo aos pobres e marginalizados” e trabalham preferencialmente “onde o Evangelho ainda não foi anunciado ou o foi de forma insuficiente e onde a Igreja local não pode valer-se a si mesma”, refere o site da congregação.
RJM