«A realidade social é desafiante», disse D. José Traquina na homilia da primeira Missa, na igreja de Santa Clara
Santarém, 26 nov 2017 (Ecclesia) – O bispo de Santarém afirmou na homilia da Missa de apresentação à diocese que a “realidade social é desafiante” e referiu-se ao futuro com as verbos “testemunhar” e “propor”.
“A Pastoral social não é um anexo ou um apêndice na vida da Igreja, faz parte da sua identidade e missão evangélica”, afirmou D. José Traquina na igreja de Santa Clara, em Santarém.
D. José Traquina foi nomeado pelo Papa Francisco bispo de Santarém e, depois de tomar posse este sábado, na Catedral, foi apresentado hoje à diocese na Missa celebrada na igreja de Santa Clara.
Para o bispo de Santarém, também presidente da Comissão Episcopal de Pastoral Social e Mobilidade Humana, na Conferência Episcopal Portuguesa, “o pobre não é um trampolim para o benfeitor chegar a Deus, antes um provocador do próprio encontro com Deus”.
Na homilia da Missa, D. José Traquina lembrou que “o que mobiliza a Igreja não é uma ideia que se impõe, mas um Amor que se propõe e se traduz em corações renovados em tantas concretizações do bem comum na edificação da sociedade”.
O novo bispo da Diocese de Santarém referiu que, no futuro, deseja concretizar “o que está proposto na Nota Pastoral da introdução ao Calendário Diocesano” e deseja também “testemunhar e propor”.
“Testemunhar a fé, a presença de Deus na vida individual, na família e na comunidade”, adiantou, acrescentando que “a hierarquia da Igreja deve estar na primeira linha do testemunho da vida cristã”
“Na Igreja espera-se que os ministros ordenados manifestem cuidado e bondade pelo rebanho, agindo com verdade ao jeito de Jesus Cristo, Bom Pastor. Convido os presbíteros e os diáconos a cuidarmos de forma permanente da qualidade do exercício do nosso ministério”, afirmou, D. José Traquina.
O bispo de Santarém disse também que é necessário “propor o Evangelho”.
“Não podemos esperar que a transmissão da Fé aconteça em ambiente familiar com a mesma facilidade de outros tempos. São necessárias propostas do encontro com Cristo, propostas de encontro com o Evangelho”, sublinhou.
“O mundo tem necessidade do testemunho e das propostas dos cristãos”, afirmou.
D. José Augusto Traquina Maria, de 63 anos, nasceu a 21 de janeiro de 1954 em Évora de Alcobaça, (Distrito de Leiria, Patriarcado de Lisboa), e foi ordenado padre a 30 de junho de 1985; a 17 de abril de 2014 foi nomeado bispo auxiliar de Lisboa, pelo Papa Francisco, e ordenado bispo a 1 de junho desse mesmo ano, numa celebração presidida pelo cardeal-patriarca, D. Manuel Clemente.
A diocese escalabitana tem cerca de 3 mil quilómetros quadrados, e abrange 13 dos 21 concelhos do distrito, num total de 7 vigararias e 113 paróquias.
A diocese foi criada a 16 de julho de 1975, pela Bula ‘Apostolicae Sedis Consuetudinem’ do Papa Paulo VI, que, no mesmo dia, nomeou como primeiro bispo D. António Francisco Marques, falecido em 28 de agosto de 1997, sucedendo-lhe D. Manuel Pelino, bispo de Santarém nos últimos 19 anos.
PR