D. Manuel Clemente quer alargar a acção caritativa da Igreja na cidade do Porto. Em nota pastoral, pede o Bispo do Porto que a Obra Diocesana de Promoção Social, “alargue o quanto possível o apoio da às muitas necessidades dos “bairros” onde tem os seus Centros” e que a Caritas “ajude as famílias que tenham mais dificuldades quanto a material escolar para os seus filhos, no novo ano lectivo”. Sem alarmismos, D. Manuel Clemente “foi incisivo”, indica o Pe. Lino Maia, Presidente do Secretariado da Pastoral Social e Caritativa do Porto. A iniciativa de D. Manuel Clemente mostra “a sensibilidade para com a sua diocese, mas também o pragmatismo com que lida com os problemas que existem”. O Bispo do Porto reuniu com as instituições diocesanas e pretendeu assim “envolver as instituições diocesanas e paroquiais para minorar os efeitos da actual crise”. Foi decidido, na reunião conjunta entre o Bispo do Porto e as instituições, destinar o Fundo Social Diocesano, resultado da Renúncia Quaresmal de 2008, a estas instituições diocesanas, uma vez que “há constantes necessidades para apoio”. O Presidente do Secretariado Diocesano da Pastoral Social e Caritativa afirma que esta iniciativa dá um sinal importante. “A Igreja não pode estar a leste das dificuldades, mas tem de tomar a dianteira na ajuda e apoio aos mais carenciados”. Com esta iniciativa, D. Manuel Clemente “mostra o lugar da Igreja”. Com esta iniciativa do Bispo do Porto indica que os serviços públicos deveriam “dar resposta às necessidades da população”. Mas, o Pe. Lino Maia frisa que esta iniciativa não serve para apontar “os pecados dos outros com virtudes que aponta para o interno da Igreja”. Este processo pode sim “mostrar às entidades públicas que deveriam estar mais atentas às necessidades das pessoas”. Investir na Obra Diocesana de Promoção Social, na área da cidade do Porto, “onde os problemas têm mais acuidade” e na Caritas “canalizando o seu apoio para as crianças e investindo na educação”, são formas de “solucionar o presente e cuidar do futuro”. Afirma o Bispo do Porto que a Igreja na cidade assume uma função tripartida onde estuda e anuncia a Palavra de Deus, mas também se “desdobra em acções solidárias e caritativas, espontâneas ou institucionais”. Várias são as congregações e institutos que desenvolvem acções de solidariedade e muitos os Centros Sociais Paroquiais, as Conferências de S. Vicente de Paulo, as Irmandades – Misericórdias e outras – que desenvolvem acções no campo social e caritativo. Estas acção são responsáveis por dar resposta “diária a velhos e novos apelos”. O pedido de D. Manuel Clemente quer ser um “sinal público da nossa atenção a quanto ocorre, manifestando solicitude e reforçando apoios, tanto quanto nos for possível”. Notícias relacionadas • A Igreja do Porto na presente situação económica e social