Igreja não pode ignorar a política

A Igreja não é um sujeito político, mas isso não significa que ignore a política. A capacidade da Igreja participar da vida política, como sinal de democracia e de verdade estiveram em evidência no discurso do Cardeal Ângelo Bagnasco, Presidente da Conferência Episcopal italiana, no encontro do Movimento Comunhão e Libertação, em Rimini. O também Arcebispo de Genova afirmou existir uma tendência de negar a dimensão pública da fé, limitando-a apenas ao plano intimo. “A todos, é reconhecida como sagrada a liberdade de consciência, mas pretende-se dos católicos que prescindam da fé, que forma a sua consciência”. Tal comportamento é insensato, afirmou o Cardeal. “Certos valores, como os que se referem à vida humana, à família, à concepção da pessoa, da liberdade e do Estado, embora iluminados pela fé, são antes de tudo conceitos da razão”. “Os bispos dão voz às pessoas e são atentos, acompanham a vida das pessoas, famílias e grupo, são fiéis à sua missão pastoral”. Manifestando-se contra uma construção social “contra o próprio homem”, o Cardeal Bagnasco apontou que “o Estado para não trair o conjunto de ideias e valores espirituais e éticos, que constituem a alma da nação”. O encontro de Rimini é o festival de Verão europeu e conta com a participação de cerca de 700 mil pessoas por ano. Esta actividade baseia-se, de modo explícito, na visão católica do mundo, e é fruto da iniciativa de pessoas e grupos que vivem a experiência cristã do Movimento Comunhão e Libertação. O Movimento Comunhão e Libertação foi fundado na Itália em 1954 pelo Pe. Luigi Giussani. O objectivo é a madura educação cristã de seus membros e a colaboração à missão da Igreja, em todos os âmbitos da sociedade contemporânea. Redacção/Rádio Vaticano

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