Bento XVI defendeu que a Igreja não deve ceder à “tentação de procurar sucessos e apoios humanos em vez de contar apenas e sempre com Aquele que veio ao mundo para nos salvar e que nos redimiu sobre cruz”. O Papa presidia, na passada Sexta-feira, às exéquias do Cardeal Afonso Stikler, falecido no dia 12 de Dezembro, aos 97 anos. Para Bento XVI, este Cardeal austríaco “sabia bem que amar Cristo é amar a Igreja que é sempre santa, não obstante a fraqueza, às vezes escandalosa, de nós seus representantes e membros, no passado e no presente”. Bento XVI tinha por ele uma grande estima e, enquanto Cardeal, visitou-o várias vezes nos seus aposentos, precisamente no palácio da Congregação para a Doutrina da fé. “Qualquer que seja o serviço que Deus nos chama a desempenhar na sua vinha, seja sempre animado por uma humilde adesão à sua vontade”, pediu o Papa, dirigindo-se aos Cardeais e Bispos da Cúria Romana presentes na Basílica de São Pedro. “Embora com as fragilidade e fraquezas humanas foi esta – sublinhou Bento XVI – a orientação de toda a vida humana do querido Cardeal Stikler, uma existência gasta totalmente, primeiro no ensino e depois no serviço à Santa Sé”. (Com Rádio Vaticano)