A Igreja Católica não dará qualquer contributo para a nova legislação sobre a interrupção voluntária da gravidez que tem estado em discussão, alegando que se trata de uma “lei injusta”. “Não nos interessa nada colaborar com uma lei que é injusta”, até porque a interrupção voluntária da gravidez constitui “um desrespeito da dignidade da vida humana”, afirmou D. Carlos Azevedo, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que não quis comentar as questões concretas da legislação, embora tenha elogiado o trabalho dos deputados que tentaram impor um prazo obrigatório para reflexão das mães. O Conselho Permanente da CEP reunido em Fátima na passada terça-feira apelou aos movimentos pró-vida para que se “interessem sobre tudo o que diz respeito à cultura da vida”, sob vários aspectos e não se circunscrevam somente à interrupção voluntária da gravidez. A próxima reunião dos bispos portugueses está marcada para os dias 17 e 20 de Abril, em que deverão ser aprovados os novos catecismo.