“Pela vida e a democracia” é o título da declaração da Conferência Episcopal Venezuelana publicada no final da Assembleia Plenária da semana passada, na qual foram tratados alguns aspectos da situação nacional. Em primeiro lugar, os bispos demonstram a sua preocupação com “a situação de crescente insegurança, delinquência e desprezo pela vida que se manifesta na grande quantidade de assassinatos, sequestros e outros delitos”. Por isso, exigem das autoridades competentes que ajam, por meio da Constituição e das leis, para garantir os direitos fundamentais dos venezuelanos. Outro problema que preocupa os bispos é a actual crise financeira e económica mundial, que “obriga o governo a buscar soluções que agradem a todos os sectores da sociedade para diminuir as consequências da crise, especialmente para os menos favorecidos”. Nesse sentido, denunciam a enorme utilização de recursos da nação para a aquisição de armas. Os prelados também não concordam com as mudanças que foram impostas “de forma surpreendente e sem uma consulta prévia, um conjunto de leis de carácter autoritário e centralizador”. As reformas dão mais poder ao presidente no controlo de diversas áreas da vida do país. A esse respeito, os bispos recordam as próximas eleições regionais serão de grande importância para o país “porque não só confirmam a decisão de manter vigente o princípio de descentralização, mas podem contribuir também para o equilíbrio dos poderes públicos das regiões em função do pluralismo, da reconciliação e da paz “. Os prelados concluem com um apelo para que se reze pela nação e preparem um “Dia de Oração pela Vida e pela Paz” no Domingo, 16 de Novembro, em todas as paróquias e igrejas venezuelanas. (Com Rádio Vaticano)