Igreja na Bulgária receberá ajuda do Vaticano

A situação dos cristãos na Terra Santa foi outro dos assuntos discutidos na última assembleia da Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais

Na Bulgária, a Igreja teve de recomeçar quase do zero após a queda do comunismo na Europa. As suas numerosas necessidades serão financiadas pela Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais (ROACO). A garantia foi dada pelo secretário-geral desta agência da Santa Sé, Pe. Leon Lemmens, aos microfones da Rádio Vaticano.

A ajuda económica àquele país da Europa Oriental foi um dos pontos da agenda da reunião semestral de responsáveis da ROACO, que se realizou em Roma entre os dias 22 e 24 de Junho.

Segundo explicou Lemmens, "durante o regime comunista a Igreja Católica foi duramente perseguida" na Bulgária.  "A Igreja greco-católica foi suprimida – continuou. Quase todos os sacerdotes, todos os religiosos e as religiosas, e também os bispos, foram presos; alguns morreram, outros foram assassinados; também há mártires católicos búlgaros."

A Igreja na Bulgária é, actualmente, uma "realidade pequena": os cerca de 80 mil membros representam 1% da população do país. Mas a ROACO propôs-se ajudá-la, porque, nas palavras do seu secretário-geral, "o amor universal de Roma não se esquece das pequenas comunidades católicas espalhadas pelo mundo".

A importância da paz na Terra Santa para a concórdia mundial

Outro dos temas do encontro foi a situação dos cristãos na Terra Santa e em todo o Médio Oriente. O assunto foi abordado através das intervenções do Patriarca latino de Jerusalém, Fouad Twal, e do cardeal Leonardo Sandri.

Sobre esta questão, Lemmens destacou a importância da permanência da comunidade cristã na Terra Santa, memória viva – e não só de pedras – da vida de Jesus e dos seus discípulos.

Foi igualmente sublinhada a relevância desta presença em todo o Médio Oriente, porque foi nesse espaço que nasceram as três religiões monoteístas – judaísmo, cristianismo e islamismo; "viver juntos pacificamente tem uma importância enorme para a paz no mundo inteiro". "Esta é uma missão grande e permanente para os cristãos que vivem nesta parte do mundo", afirmou.

"Penso nos mosteiros, nas igrejas, nos hospitais, nas escolas e também nas universidades, que são, de facto, ‘jardins de paz' nos quais cristãos e muçulmanos vivem juntos", acrescentou.

E concluiu: "Apoiar os cristãos da Terra Santa é uma forma de dar vida à comunidade dos discípulos de Jesus, mas também uma ocasião para trabalhar pela paz no Médio Oriente e em todo o mundo".

A ROACO é um comité vinculado à Congregação para as Igrejas Orientais, presidida pelo cardeal Leonardo Sandri. A sua missão consiste em canalizar a distribuição das ajudas materiais procedentes de outras partes do mundo. 

Fazem parte da ROACO a Catholic Near East Welfare Association e a Pontifícia Missão para a Palestina (ambas localizadas nos Estados Unidos), assim como agências da Alemanha, França, Suíça, Holanda e Áustria.

Com Zenit

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