As autoridades da Argentina e da Bolívia reforçaram a vigilância na fronteira entre os dois países, depois das denúncias sobre tráfico de menores bolivianos para a Argentina. Segundo dados da Pastoral da Mobilidade Humana, da Igreja Católica boliviana, a cada mês desaparecem entre 9 a 11 menores no sul da Bolívia, a maioria no departamento de Potosí, que faz fronteira com a província argentina de Jujuy. A Pastoral denuncia também, o tráfico de menores na fronteira entre Salvador Maza (Argentina, província de Salta) e Yacuiba (Bolívia). As denúncias da Igreja Católica não se ficam por esta realidade: na semana passada, o Arcebispo de Cochabamba, D. Tito Solar, dirigiu-se aos camponeses e à população urbana de Cochabamba, pedindo que evitassem confrontos violentos. O apelo foi mal recebido pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, para quem este pedido implicava que ele procurava “o confronto e a violência”. A Conferência Episcopal Boliviana recusou-se esta Segunda-feira a mediar o conflito sobre a sede do governo nacional, que ameaça impedir a aprovação de uma nova Constituição para o país neste ano. “O que queremos é que se pare com as atitudes intransigentes, a Igreja está pronta a facilitar o diálogo, mas não para assumir um papel de mediação”, disse o Pe. Marcial Chopinagua, porta-voz do presidente da Conferência Episcopal Boliviana, Cardeal Julio Terrazas. (Com Rádio Vaticano)