Sacerdote foi homenageado em Fátima por 30 anos de serviço neste setor
Fátima, Santarém, 10 set 2014 (Ecclesia) – O monsenhor Vítor Feytor Pinto considera que a Pastoral da Saúde está “no princípio”, 30 anos depois da sua implantação, e destacou os desafios e sensibilidades que se colocam a esta área, “uma forma expressa de nova evangelização”.
“Não há comunicação social que não tenha programas de saúde, não há pessoa que não queira ter mais saúde e então a Igreja não estava ao lado disto sem tornar esta oportunidade como mensagem de anúncio de Evangelho, de mais qualidade de vida, de mais felicidade de viver, de mais valores”, analisou o sacerdote, em declarações à Agência ECCLESIA.
O responsável, que durante a tarde desta terça-feira falou sobre a Pastoral da Saúde no primeiro painel do 29.º Encontro da Pastoral Social – ‘Confissão da fé e compromisso social"’ – em Fátima, explicou que a originalidade da Igreja se realiza através de três grandes desafios.
“O desafio da proximidade, de estar perto das pessoas; o desafio extraordinário da opção pelos mais pobres hoje é fundamental, existe tanta gente que em saúde precisa de ser assistido e não tem meios e a oferta gratuita de tudo aquilo que a Igreja pode dar, não apenas em bens espirituais mas em bens de toda a natureza”, desenvolveu.
A Pastoral da Saúde, para o antigo coordenador nacional, “tem um papel fantástico” e depois de 30 anos ainda está “no princípio”: “Uma coisa é olhar para a pastoral da saúde a cuidar de doentes, outra é oferecer a toda a gente maior qualidade de vida, a chamada prevenção, cuidados primários”.
“A Igreja tem de apostar fortemente nisso em ajudar as pessoas a não adoecerem, a serem mais felizes, a terem mais qualidade de vida”, alertou ainda.
Segundo o monsenhor Vitor Feytor Pinto, os 30 anos de trabalho neste setor foram “uma exigência de humanidade, de preocupação com as pessoas e de uma fé profunda” e de “uma missão” confiada por Deus.
O sacerdote destaca que se desenvolveram “contactos permanentes” com o Ministério da Saúde, “num trabalho lindíssimo de colaboração”, e trabalhos com as universidades, às quais se indicaram “os valores humano-cristãos que em saúde têm de ser aplicados”.
No jantar em sua homenagem, que decorreu em Fátima na última noite, foi apresentado o livro ‘Sexualidade Humana’, surgiu da tese de mestrado do sacerdote na área da Bioética e para este mês de setembro está ainda previsto a apresentação de um livro-entrevista, conduzida pelo jornalista Octávio Carmo.
“Numa conversa, deixamos que as histórias se acumulem dentro de nós e as comuniquemos com alegria àqueles que delas podem ser valorizados”, explica o monsenhor Vitor Feytor Pinto, sobre o livro testemunho que revela a sua experiência de vida.
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