Igreja: Missão País «é um chamamento a viver a fé de uma forma ativa, a ser luz onde quer que estejamos», afirma chefe-geral da Missão do Instituto Politécnico de Santarém

Jovens regressaram a Vila Chã de Ourique, no segundo ano na localidade, onde «foram calorosamente acolhidos»

Foto: Missão País do Instituto Politécnico de Santarém

Santarém, 19 fev 2025 (Ecclesia) – Vila Chã de Ourique, em Santarém, recebeu este ano, de 9 a 16 de fevereiro, pela segunda vez, os jovens da ‘Missão País’, do Instituto Politécnico de Santarém, que destacam semana como uma aprendizagem, uma oportunidade de viver a fé e ajudar o próximo.

“A Missão País não é apenas um projeto, é um chamamento a viver a fé de uma forma ativa, a ser luz onde quer que estejamos. E esta semana foi a prova viva de que, quando nos entregamos de coração aberto, Deus faz maravilhas”, afirmou a chefe-geral, Constança Moreira, informa a Diocese de Santarém.

Para a jovem, esta foi uma “experiência profundamente marcante e desafiante”, realçando que projeto católico de universitários tem “crescido de uma forma impressionante ao longo dos anos” e que foi com “grande alegria” que voltaram a “ser calorosamente acolhidos pela comunidade de Vila Chã de Ourique”.

“Com uma equipa incrível de chefes, missionários, e confiando sempre na providência de Deus, vivemos uma semana de entrega total, de serviço ao próximo e de testemunho da nossa fé. A alegria de levar Cristo aos outros e de ver os corações a serem tocados de uma forma tão especial é algo que nos transforma também a nós, missionários”, referiu.

Foto: Missão País do Instituto Politécnico de Santarém

Segundo Constança Moreira, esta semana foi a prova viva de que quando a entrega é de “coração aberto, Deus faz maravilhas”, manifestando o desejo de que esta “missão continue a inspirar gerações e a evangelizar Portugal, um coração de cada vez!”.

Também Tiago Guedes viveu esta experiência como chefe-geral, realçando que apesar de esta ser uma semana em que os jovens abdicam das suas rotinas para irem missionar, saírem do conforto das suas casas e entregarem-se aos outros sem receber nada em troca”, o retorno acaba por ser sempre superior.

“A verdade é que recebemos muito em troca, muito mais do que esperamos. Ajudar quem mais precisa é algo tão bom que um simples sorriso é o melhor pagamento que se pode ter”, assinalou.

O missionário ressalta que se a semana fosse vivida no conforto de casa, não teria o mesmo significado, tornando o “desconforto em algo muito bom de se sentir”.

O jovem descreve a semana com a palavra “entrega”: “entrega à missão, aos missionários, aos chefes, à comunidade e a Deus”.

A localidade de Vila Chã de Ourique marcou o coração dos jovens, que salientam o acolhimento da comunidade, entre eles José canelas que revela que as portas que se abriram, os sorrisos que receberam, e as histórias que ouviram “foram sinais vivos do amor de Deus”.

Foto: Missão País do Instituto Politécnico de Santarém

“Durante sete dias, caminhámos juntos, levando Cristo às casas, às escolas, ao centro de dia, ao Senhor Zé e à senhora Rosa, a todos os que encontrámos pelo caminho. Acolhidos de forma calorosa pela comunidade, vivemos momentos de proximidade e escuta, partilhámos alegrias e desafios, e testemunhámos a força de uma fé que se manifesta no quotidiano”, disse o chefe geral de serviço desta Missão País.

Para Maria do Carmo Maia de Loureiro, chefe de teatro, fazer “Missão País” em Vila Chã de Ourique “tem sido um verdadeiro presente de Deus”, com os jovens a ser acolhidos com “tanto amor, de coração aberto”.

“Aqui aprendemos, a cada dia, o verdadeiro significado de servir. Sentimos a presença de Deus em cada sorriso, em cada gesto de carinho, em cada porta que se abre para nos receber. Obrigado, comunidade e diocese de Vila Chã de Ourique, por nos acolherem como família”, expressou.

Este foi para Joana Silva o terceiro ano de missão, o segundo nesta localidade: “anos que serão impossíveis esquecer e semanas que serão impossíveis de descrever tal e qual o sentimento que levam”.

Foto: Missão País do Instituto Politécnico de Santarém

“Cada história do velhote do centro de dia, cada abraço de uma criança, cada porta aberta pelas famílias são sinais de que Ele já tinha uma morada preparada pelas mãos de toda esta bonita comunidade. Dizer obrigada seria pouco mas a certeza que partimos com saudade e voltaremos sempre é a nossa forma de agradecer”, referiu.

O bispo diocesano visitou a Missão do Instituto Politécnico de Santarém, no dia 13 de fevereiro, e celebrou a Missa, tendo na homilia partilhado a alegria de testemunhar o bem que o projeto Missão País tem feito a tantas realidades.

D. José Traquina assinalou que o facto de a “Missão sair do próprio contexto de Santarém com tantos estudantes deste distrito e diocese dá muita esperança”.

A Missão País é um projeto católico de universitários que tem como objetivo levar Jesus às Universidades e evangelizar Portugal através do testemunho da fé, do serviço e da caridade.

Os missionários ficam três anos em cada local, sendo que no primeiro ano “procuram acolher e ser acolhidos”, no “segundo (havendo já mais confiança) dá-se uma transformação maior e no último ano procuram “que a ‘despedida’ seja um envio, tanto para a localidade” como para os jovens.

A edição de 2025 do projeto católico de universitários ‘Missão País’, com o lema “Não se perturbe o vosso coração”, vai levar até março cerca de quatro mil e 200 participantes, de 60 faculdades, a 73 localidades do país.

LJ/OC

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