Diretora de Comunicação fala em «chave de leitura para a interpretação do mundo», a partir da Cova da Iria
Lisboa, 12 out 2022 (Ecclesia) – O jornal ‘Voz da Fátima’ celebra esta quinta-feira o seu centenário, evocando um percurso de 100 anos de serviço na Cova da Iria.
“O jornal sempre teve o objetivo de apurar todas as informações relevantes para a afirmação de Fátima e, apesar das várias vicissitudes, sempre centrado no essencial, a difusão da mensagem de Fátima e das aparições”, disse à Agência ECCLESIA Carmo Rodeia, diretora de Comunicação do Santuário.
O jornal publica-se desde 13 de outubro de 1922, mas “só desde 1985 passou para a propriedade do Santuário de Fátima”.
A ‘Voz da Fátima’, indica a entrevistada, “contribuiu muito” para a afirmação das aparições no seio da Igreja Católica, assumindo-se como um “repositório dos acontecimentos” que ocorriam naquele local.
Para Carmo Rodeia, a publicação é um “instrumento indispensável para a estruturação do culto de Fátima e sua difusão no mundo”.
“Houve sempre o cuidado de Fátima não se esgotar em si própria”, precisou.
A responsável adiantou que está a ser elaborada, por um grupo de trabalho, uma “investigação científica” sobre o jornal, a ser lançada a 26 de novembro, porque este órgão de comunicação social “sempre teve o intuito de instruir e dar orientações aos leitores”.
“Um jornal centrado em Fátima, mas que não se fecha em Fátima, nem se esgota em Fátima”, sublinhou a responsável, em entrevista ao Programa ECCLESIA, emitida hoje na RTP2.
Ao longo dos anos, assinalou Carmo Rodeia, a ‘Voz da Fátima’ abordou múltiplos assuntos e “nunca deixou de dar uma chave de leitura para a interpretação do mundo a partir de Fátima”.
Na década de 40 do século XX, a ‘Voz da Fátima’ era impressa em várias línguas, mas o custo “oneroso” obrigou a novas estratégias, permitindo que continue “com grande internacionalização”, acrescentou.
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