Uma informação «livre e responsável é essencial a qualquer sociedade democrática», apontou hoje Francisco
Cidade do Vaticano, 16 dez 2017 (Ecclesia) – O Papa destacou hoje no Vaticano a importância de lutar pela preservação de uma comunicação social que “informe verdadeiramente” e seja voz “mais próxima possível da realidade” do mundo e dos seus problemas.
Numa mensagem deixada durante uma audiência com os membros da União Italiana de Periódicos e de Imprensa e da Federação Italiana de Semanários Católicos, Francisco salientou “a voz dos media, livre e responsável, é essencial para o crescimento de qualquer sociedade democrática” e para o desenvolvimento no público de “um sentido crítico saudável que o faça fazer as perguntas que interessam e chegar às conclusões mais necessárias”.
“Desta forma, evitamos ir constantemente ao sabor de slogans fáceis ou de campanhas de informação extemporâneas, que deixam transparecer a intenção de manipular a realidade, a opinião e as próprias pessoas, à base de rumores mediáticos inúteis”, sustentou.
“Que não se caia no maior pecado da comunicação: a desinformação, dizendo apenas uma parte, a calúnia, que é sensacionalista, ou a difamação, procurando coisas já ultrapassadas, antigas, e trazendo-as à atualidade. Estes são pecados gravissimos, que destroem o coração do jornalista e das pessoas”, completou.
No encontro do Papa com os vários organismos de comunicação social, ficou clara ainda a urgência de “manter vivo o pluralismo” e a “liberdade de expressão” nos media.
O presidente da União Italiana de Periódicos e de Imprensa (USPI), Giorgio Zucchelli, apontou que preservar esses bens é hoje cada vez mais necessário, numa altura em que o pluralismo e a liberdade de expressão estão “em risco de ser condicionados por grandes corporações nas mãos de poucos”.
Aquele responsável recordou ainda que o trabalho dos media é hoje “cada vez mais difícil”, devido aos fracos meios económicos disponiveis para a maioria dos órgãos de comunicação social, situação a que não escapam os meios católicos, sobretudo nas dioceses, apontou Giorgio Zucchelli.
JCP