Encontro de 24 e 25 de setembro, em Fátima, conclui-se com conferência de D. Manuel Clemente
Lisboa, 23 set 2015 (Ecclesia) – O diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS) afirmou que as jornadas nacionais promovidas entre quinta e sexta-feira pela Igreja Católica dão continuidade ao tema proposto pelo Papa Francisco aprofundando a sua “mensagem e desafios”.
“Na família podemos ser nós próprios e revelarmo-nos como somos e depois numa outra fase dizermo-nos fora da família porque a família vivendo em comunicação vive também a comunicação para fora dela própria”, analisou o cónego João Aguiar Campos sobre o tema das Jornadas Nacionais da Comunicação Social.
As Jornadas Nacionais de Comunicação Social vão decorrer na Casa Domus Carmeli em Fátima, com o tema “Comunicação e Família: Partilha de afetos”, encerrando-se com uma conferência de D. Manuel Clemente.
O cardeal-patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa vai falar a poucas dias do início da assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Família.
As jornadas iniciam-se com uma intervenção de D. Pio Alves, a que se seguem dois painéis sobre os temas ‘Família na comunicação’ e ‘Família em comunicação’.
José Mateus, Tito de Morais, Rita Carvalho, Eugénia e Fernando Magalhães, José Gameiro Marília Monteiro Neto e Vitor Neto são os intervenientes convidados.
O diretor do SNCS, ao qual pertence a Agência ECCLESIA, revela que no primeiro painel – Comunicação na Família – houve a preocupação de abordar questões das “famílias que têm dificuldade, por alguma razão específica, de encontrar a comunhão na comunicação".
Neste contexto, o cónego João Aguiar Campos identifica as dificuldades quando alguém tem limitações na “própria capacidade de comunicar”, quando os seus membros estão à distância e depois a dificuldade de comunicação pela “presença” dos meios de comunicação dentro da família e, nomeadamente, dos “novos media que têm a grande vantagem do cara a cara com quem está longe e às vezes de costas voltadas com quem está perto”.
“Não deixar morrer o face à face é também uma das nossas intenções”, observa, frisando que na família cada um pode ser ele próprio “na diferença das idades, cultura, pontos de vista” e é “amado e respeitado por si mesmo”.
Para o também presidente do Conselho de Gerência da Rádio Renascença, os novos meios de comunicação podem ser bons ou maus, “dependendo do uso”.
“É bom porque às vezes traz assuntos novos e abre-nos para além dos horizontes da nossa porta da rua, da sala ou da cozinha, e pode ser mau se cada um fizer destes novos meios fator de isolamento”, desenvolve, alertando que por causa deste, “às vezes, os outros membros da família “são mandados calar”.
O programa de dia 25 começa com a conferência ‘Comunicação e família’, D. Manuel Clemente, seguindo-se um tempo de debate.
“Penso que será um momento também muito importante não apenas pela capacidade de comunicação do cardeal-patriarca mas por duas experiências, uma vivida estes dias, a visita ‘Ad Limina’, e outra nos próximos tempos, o sínodo [4-25 de outubro, Vaticano]”, destacou o cónego João Aguiar Campos.
As Jornadas Nacionais da Comunicação Social são também uma oportunidade de convívio “não apenas” entre profissionais da comunicação dos meios da Igreja e generalistas mas com outras pessoas “interessadas no aprofundamento do mesmo problema”.
O encontro representa um “ótimo desafio” para os agentes da pastoral familiar, acrescenta ainda o sacerdote.
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