Igreja mantém-se atenta às vagas de imigração africana

As autoridades portugueses admitem a possibilidade da entrada de imigrantes clandestinos em território português através do Algarve e da Região Autónoma da Madeira. Imigrantes, estes oriundos dos países africanos que se aproximam de território europeu via Canárias. As autoridades civis preparam um plano que inclui o reforço do controlo das fronteiras marítimas portuguesas. Sobre esta possibilidade, o responsável pelo Secretariado Diocesano para as Migrações, o Padre Júlio Tropa Mendes afirma “não temos condições para os receber.” No entanto mantém-se alerta sobre esta possibilidade, pois “caso se venha a concretizar temos de ajudar a resolver”. O padre Júlio Mendes manifesta, ainda o bom relacionamento entre o Secretariado e a Cáritas “instituições que se manterão alertas e prontas para proporcionar mecanismos de ajuda” acrescentando que é uma situação que irão acompanhar. Recentemente, a OCPM e vários Secretariados diocesanos da Pastoral de Migrações (SDPM) manifestaram, em comunicado conjunto, a sua inteira solidariedade com os voluntários cívicos, homens e mulheres religiosos e defensores dos direitos humanos que procuram encontrar soluções humanas e justas, em Espanha, na Europa e África, para a “grave situação de emergência humanitária” que se continua a viver no Norte e Costa ocidental africana sem sinais de abrandar. “A nova vaga de imigrantes e refugiados subsaarianos é forte sinal de denúncia dos efeitos perversos da actual política de cooperação da União Europeia e política migratória e de asilo – de teor restritivo, repressivo e minimalista – para defender a fronteira externa da UE da imparável e lucrativa imigração ilegal de que a própria UE é cúmplice no delito por não favorecer de forma legal, ordenada e comunitária a mobilidade de cidadãos de países terceiros e a sua justa e necessária integração”, referiam os responsáveis católicos. Encontro de migrantes E no contexto das migrações, com a semana dedicada às migrações ainda na memória recente, ocorreu no passado Domingo, em Estoi, Algarve, o VI Grande Encontro de Migrantes do Algarve, promovido pelo Secretariado Diocesano para as Migrações, onde se pretendeu chamar a atenção para esta temática, neste caso a nível diocesano. O Padre Júlio Tropa Mendes, assinala a grande participação de todos nesta iniciativa que pretende “apelar a uma integração social por parte de quem procura o nosso país”. O dia contou com a participação das entidade civis das câmaras municipais e das juntas de freguesia. Deste encontro resulta o objectivo de “fazer esforços para aumentar o grupo de responsáveis nas várias paróquias que prestam apoio aos migrantes. E noutro sentido sensibilizar os párocos e as comunidades para uma maior abertura no dia a dia” refere o padre Júlio Tropa Mendes, assinalando também a necessidade de “manter a abertura mas ir também ao encontro das pessoas”.

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