O Papa chamou a Igreja a ser mais contemplativa, mais santa e, portanto, mais missionária, colocando na origem do seu trabalho a oração, particularmente no Ano do Rosário. Na sua Mensagem para o Dia Mundial das Missões, tornada pública dia 21 de Fevereiro, João Paulo II quis sublinhar que só num clima de oração se pode receber o Espírito Santo e tornar-se testemunhas de Cristo. O Dia Mundial das Missões celebra-se este ano a 19 de Outubro e coincide com o 25º aniversário do Pontificado de João Paulo II. Nesse dia terá lugar a beatificação de Madre Teresa de Calcutá e o encerramento do Ano do Rosário. A Mensagem papal expressa a urgência de preparar evangelizadores “competentes e santos”, bem como a necessidade de que não se reduza o fervor dos apóstolos, “especialmente para a missão ad gentes”. Neste sentido, o Ano do Rosário deverá constituir para os crentes uma ocasião para aprofundar o sentido da vocação cristã. João Paulo II lembrou que “todos estão chamados, pelo Baptismo, a serem santos” e que a santidade e a missão são aspectos inseparáveis. “Na escola da Virgem toda a comunidade poderá cultivar melhor a sua dimensão contemplativa e missionária” sugere o Papa. Maria foi apresentada como modelo “insuperável” e exemplo para as situações de “dor inocente e injustiças perpetradas com arrogante insolência”. O Papa destacou ainda que o actual contexto da Igreja oferece um maior número de possibilidades de anunciar Jesus, “graças ao desenvolvimento dos meios de comunicação”. A Mensagem para o Dia Mundial das Missões divulgava-se, por norma, no Pentecostes. Desde este ano, porém, a sua publicação antecipou-se para que as Dioceses de todo o mundo possam estudá-la e integrá-la no seu plano pastoral.