Igreja/Juventude: Departamento nacional grava hino da Jornada Mundial da Juventude 2016

«Espécie de Torre de Babel» é marca da versão portuguesa, revela o maestro

Lisboa, 20 abr 2016 (Ecclesia) – O Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), da Igreja Católica, está a ultimar uma versão do hino da Jornada Mundial da Juventude 2016 para Portugal, preparando o encontro de julho com o Papa, em Cracóvia (Polónia).

“O hino é um meio de comunicação que nos aproxima, que demonstra também a universalidade da Igreja em que cada um na sua língua escuta, simultaneamente, canta, proclama a sua fé e demonstra como não há fronteiras”, disse o padre Eduardo Novo à Agência ECCLESIA.

O sacerdote sublinha que a música é esse meio de evangelização que “aproxima a todos” e o hino da jornada é um marco, um instrumento, é uma mensagem que “mostra como o amor é um som que reclama um eco”.

Enquanto do auditório da Rádio Renascença se ouvia a letra de ‘Bem-aventurados os misericordiosos’, o diretor do DNPJ destacou “o serviço” manifestado com “tantos jovens” de diversas esferas nessa produção: “A tradução, a colocação da métrica, a própria música, os instrumentos, todo este dinamismo que nos coloca em caminho, em preparação, em união e comunhão”.

O maestro que dirigiu o coro e assinou a adaptação musical destaca a “grande dificuldade” em conseguir a “acentuação correta das palavras em português” em cima da acentuação métrica das melodias propostas pelo original.

Segundo Carlos Pedro Alves, depois do “maior desafio”, que “todas as palavras sejam corretamente acentuadas para soar a português”, a edição nacional do hino das Jornadas Mundiais da Juventude de Cracóvia tem uma marca: “Uma espécie de Torre de Babel”.

“De vez em quando temos diferentes naipes do coro a cantar diferentes frases em que o texto se complementa. Vamos estar a ouvi-lo em simultâneo e isso não costuma acontecer nas outras versões. A nossa marca será um pouco essa da Torre de Babel”, exemplificou o maestro, que participou pela primeira vez numa Jornada Mundial da Juventude em 1997, em Paris.

Entre os elementos do coro estava Inês Borges que vai participar pela primeira vez numa JMJ este ano e como pertence ao coro da paróquia achou que “era boa ideia participar”: “Senti talvez um chamamento de Deus para vir representar o nosso país”.

Já Cátia Fernandes aceitou o desafio do DNPJ para gravar o hino da JMJ primeiro porque gosta “do hino no original” e gosta muito de cantar, “especialmente músicas de louvor”.

“O hino também é uma música de louvor. Para mim está ser maravilhoso, é uma experiência única e acho que funcionamos todos muito bem”, acrescenta.

Cátia Fernandes participou no encontro mundial da juventude de Madrid, em 2011, e recorda uma experiência que considera indescritível: “A vigília com o Papa, em que estão os jovens todos reunidos é uma sensação mesmo maravilhosa, única mesmo”.

Entre os cantores estava também o músico profissional Sebastião Antunes, da banda ‘Quadrilha’, que do convite inesperado destaca a “experiência particularmente enriquecedora”.

“Há ali uma boa energia, a melodia também já puxa para isso […] O tema agradou-me imenso, ainda não vi o produto final mas a parte que deu para estar com toda a gente foi bastante agradável e vai ficar bastante bom”, comentou.

O objetivo do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil é apresentar oficialmente o hino no ‘Fátima Jovem’, nos dias 7 e 8 de maio, no Santuário mariano da Cova da Iria.

CB/OC

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