Igreja/jovens: Patriarcado de Lisboa abre inscrições para 2ª edição da «Escola de Acompanhadores», após «muita procura» registada no primeiro ano

Diretor do Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa faz balanço do projeto, que se iniciou em 2024 e que tem um novo ciclo

Lisboa, 01 out 2025 (Ecclesia) – O Patriarcado de Lisboa abriu inscrições para a 2ªedição da «Escola de Acompanhadores», dedicada ao acompanhamento de jovens através de um percurso formativo, depois do sucesso que o curso registou no ano de lançamento.

“A primeira grande avaliação que nós fazemos é que, de facto, ao longo deste ano que passou, sendo um projeto novo, a permanência das pessoas e a sua fidelidade a este compromisso foi, de facto, muito grande”, afirmou João Clemente, diretor do Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa, em entrevista ao Programa ECCLESIA, transmitido hoje, na RTP2.

O responsável dá conta que as conversas mantidas com os formandos mostraram que o curso “estava a ser realmente transformador nas suas vidas” e, por isso, foi tomada a decisão de abrir um novo.

“Já temos muitos inscritos, de várias dioceses, e custa-nos sempre dizer a algumas pessoas que depois não se podem inscrever”, adianta.

Com o lema “A arte de caminhar com os jovens”, o projeto iniciou-se em outubro de 2024, depois de “muitos pedidos para que realmente se fizesse em Portugal uma formação de acompanhamento, que já havia noutros países”, explica João Clemente.

“Foi dar resposta a uma necessidade, mais do que pensarmos uma formação e depois ver o que é que seria a seguir, foi muito escutar as pessoas que acompanham os jovens e preparar uma formação para elas”, indica.

Em 2024, as inscrições para a “Escola de Acompanhadores” ultrapassaram o limite estabelecido para participar na formação, desenhada para 40 pessoas.

“O ano passado tivemos que fazer para 50, porque havia muita procura e este ano estamos no mesmo sentido. E por isso era mesmo importante que quem gostasse de fazer esta formação pudesse fazer a inscrição o mais rápido possível, porque começa já nos próximos dias”, revelou João Clemente.

O diretor do Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa destaca a amplitude do projeto, cujo primeiro curso contou com “leigos, consagrados, padres, consagrados de clausura até, de muitas dioceses do país” e de diversas idades.

“É, de facto, uma proposta que é muito abrangente. Termos, seja naquilo que é o estado de vida clerical de uma grande heterogeneidade, e depois também a nível geográfico, vemos que é uma resposta que não dá só uma resposta a Lisboa, mas a todo o país”, assinala.

Os dois semestres do primeiro ano do curso focaram-se em duas dimensões: “As Raízes do acompanhamento: Iniciação Bíblica e Teológica” e “Olhar a pessoa: Desenvolvimento Humano, Psicologia e Mistério”.

Promovida pelo Serviço da Juventude, a Pastoral Universitária, o Setor de Animação Vocacional e a Escola de Leigos – IDFC, a “Escola de Acompanhadores” funciona em aulas semanais, (uma semana presencial e uma semana online), todas as segundas-feiras, às 21h15, com a duração de 1h15, e em cinco fins-de-semana formativos ao longo dos dois anos.

As aulas do primeiro semestre da 2ªedição iniciam a 13 de outubro de 2025, sendo a primeira aula presencial (Seminário do Verbo Divino, em Lisboa); o primeiro fim-de-semana presencial será nos dias 8 e 9 de novembro, em local a definir.

Apesar da dinâmica da animação ser importante, o jovem realça que “é preciso dar este salto de maior exigência para acompanhar jovens e acompanhar grupos de jovens”.

Além deste percurso formativo, o Patriarcado de Lisboa promove este mês encontros sinodais com jovens, denominados  ‘Círculos Geração Rise Up’, na sequência do caminho sinodal proposto à Igreja.

João Clemente indica que o objetivo é, em primeiro lugar, “trazer à realidade juvenil a dinâmica sinodal e capacitar os jovens para de facto poderem ser coparticipantes, coprotagonistas daquilo que é a vida nas suas comunidades”.

A par disso está a construção do Quadro de Referência para a Pastoral Juvenil, para o qual estes encontros vão ser importantes, e a oportunidade de revitalizar o tecido vicarial, paroquial dos movimentos juvenis.

“O que pretendemos nestes círculos é que os jovens não identifiquem só aquilo que gostariam que acontecesse na Igreja, mas que sejam, de facto, protagonistas e executantes dessa mudança e dessa vida em comunidade”, enfatizou.

LS/LJ/OC

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