Igreja: Jovens chamados a testemunhar fé em missão

Responsáveis traçam balanço positivo de edição conjunta das Jornadas Missionárias e de Pastoral Juvenil

Fátima, Santarém 23 set 2013 (Ecclesia) – Os responsáveis pela edição conjunta das Jornadas Missionárias e de Pastoral Juvenil que se realizaram, em Fátima, com o tema ‘Missão @ad gentes: Ide e anunciai’, fazem um balanço positivo da iniciativa, com um “cariz muito especial”.

Os participantes testemunham que a missão é “sempre jovem, está sempre a renovar-se” e “não pode ficar parada” com o que já foi realizado, explica o padre António Lopes, diretor das Obras Missionárias Pontifícias.

Os jovens trazem à Igreja e às jornadas, “algo de irrequieto, de busca constante do bem”, um bem que a Igreja “chama de Deus”, assinala o responsável à Agência ECCLESIA.

Para o padre Eduardo Novo, diretor do Departamento Nacional de Pastoral Juvenil (DNPJ), uma edição conjunta revela a perspetiva de uma Igreja que caminha e “que peregrina, uns com os outros, bebendo da diversidade para a unidade e têm proporcionado a experiência de sinodalidade”.

O sacerdote revelou que a pergunta chave deste encontro, que decorreu entre sexta-feira e domingo, foi “como partilhar hoje a fé”.

Este anúncio passa pela palavra e pela vida, “não pode ser apenas um testemunho de boca mas tem a componente de redescobrirmos novas linguagens” que “passam pela internet e não apenas pelas linguagens tradicionais”, acrescenta o padre António Lopes.

João Lopes, da Diocese de Bragança-Miranda, é um dos muitos jovens para quem a internet é “o novo palco” e considera as redes sociais um meio útil para passar a mensagem.

“São os focos onde estão os jovens” e tem outro impacto partilhar um vídeo, por exemplo, do Papa do que subir “a um púlpito” na rua e começar a usar as suas palavras: “Já não era o João que estava ali a falar mas o Papa, uma figura que marca”, explica.

Neste encontro nacional também estive presente o testemunho e a mensagem da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), vivida no Rio de Janeiro, para que cada jovem, mesmo que só tenha acompanhado pela televisão e pelas redes sociais, se sinta “enviado em missão” e seja “portador de uma mensagem de alegria e esperança”, como pediu o Papa Francisco.

O padre Domingos Meira, diretor do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil de Viana do Castelo, participou na JMJ com um grupo de 29 jovens e apresentou um workshop sobre este tema.

O sacerdote explicou que agora os jovens comunicam “a alegria de terem participado e de continuarem a viver a fé que trouxeram mais forte e mais alegre”.

Nuno Conceição também participou nas JMJ, como coordenador do voluntários internacionais portugueses, e no seu dia a dia testemunha a sua fé e é missionário na diocese do Porto e na faculdade onde trabalha: “Tento mostrar que sou católico, que vivo com a regras que Jesus Cristo nos deu e muitas vezes me interpelam a questioná-las, porque é que eu sou assim”.

Do programa constavam ainda cinco worshops e o ator João Carvalho apresentou um intitulado ‘Juventude e Cultura’.

Uma cultura que transmite a beleza de Deus porque só “é possível” criar algo de belo se tiver a mão de Deus porque “o que parte do homem, da sua cabeça dá guerra”.

Segundo o ator, o futuro de Portugal assenta neste binómio, “até em termos de motor económico”: “Os jovens pela sua criatividade, por aquilo que podem trazer de novo à cultura, têm essa irreverência para poderem dar a volta a este país”.

CB/OC

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