Igreja: Jornadas de Comunicação Social vão abordar «liberdade de Imprensa, silêncio e silenciamento»

Diretor do Secretariado Nacional diz que o tema «vem muito a propósito da realidade» portuguesa

Lisboa, 21 jun 2012 (Ecclesia) – As Jornadas de Comunicação Social, promovidas pela Igreja Católica, vão ser dedicadas este ano ao tema “Liberdade de Imprensa, silêncio e silenciamento”.

Segundo o diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS), cónego João Aguiar, em declarações prestadas hoje à Agência ECCLESIA, a proposta de debate “vem muito a propósito da realidade que se vai sentindo em Portugal, numa altura em que se fala de pressões à imprensa”.

O caso mais recente envolveu o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, numa alegada tentativa de coação a uma jornalista do ‘Público’.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social já se pronunciou a respeito deste processo, através de um comunicado no qual revela não ter dado por provada “a existência de pressões ilícitas” por parte daquele responsável político. 

O diretor do SNCS sublinha que “todas as vezes em que se afeta a liberdade de expressão, atinge-se também a dignidade e a democracia”.

As Jornadas de Comunicação Social, marcadas para os dias 27 e 28 de setembro, no Seminário do Verbo Divino, em Fátima, deverão ainda abordar a questão da “opinião pública dentro da Igreja”, revela o sacerdote.

Quanto aos oradores convidados, o cónego João Aguiar adianta que neste momento a organização ainda está em fase de contactos, mas vai procurar garantir alguns dos “mais suculentos intervenientes” em termos de comunicação.

As matérias que estarão em cima da mesa vão também ao encontro da mensagem deixada por Bento XVI, por ocasião do 46º Dia Mundial das Comunicações Sociais, e que mereceu amplo destaque através de um dossier especial da Agência ECCLESIA.

O Papa desafiou os profissionais dos media a refletirem sobre “o silêncio e a palavra como caminho de evangelização” e defendeu a necessidade de “equilibrar” aqueles “dois momentos de comunicação”, no sentido de “se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas”.

JCP

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