Igreja: «JMJ tem sido alavanca e pulmão do diálogo dos Papas com os jovens» – D. Américo Aguiar

Cardeal deu início a ciclo de conferências no Santuário do Cristo-Rei, pelos 10 anos de canonização de São João Paulo II

Foto: Diocese de Setúbal/Ricardo Perna

Almada, 07 abr 2024 (Ecclesia) – O cardeal D. Américo Aguiar, bispo de Setúbal, destacou este sábado o papel da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) na promoção do diálogo entre os Papas e as novas gerações.

“A JMJ tem sido alavanca e pulmão do diálogo dos Papas com os jovens, assim como um choque elétrico para despertar a Pastoral Juvenil, as estruturas diocesanas, nos países onde acontece e em toda a Igreja”, referiu o responsável católico, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023.

O bispo sadino foi o primeiro convidado do ciclo de conferências organizado pelo Santuário do Cristo-Rei por ocasião dos 10 anos da canonização de São João Paulo II, Papa entre 1978 e 2005, com uma conferência subordinada ao tema ‘Para os jovens: as JMJ’.

D. Américo Aguiar elogiou a figura do santo polaco, que se “transfigurava perante os jovens”.

“Foi um Papa que marcou gerações, com 30 anos de presença permanente, para o bem e para o mal, junto de nós, pelo que marcou profundamente toda a gente”, indicou, numa intervenção divulgada pela diocese sadina, em comunicado enviado à Agência ECLESIA.

Os Papas nunca convidaram os jovens católicos, convidaram sempre os jovens, ponto. De Jornada para Jornada temos tido jovens de outras confissões religiosas, atraídos pela figura do Papa de cada tempo, a participar”.

 

Para D. Américo Aguiar, a JMJ que decorreu na primeira semana de agosto de 2023, em Lisboa, mostrou que os jovens respondem ao convite da Igreja, “mas nem todos vêm pelo mesmo caminho ou com as mesmas motivações”.

“Se formos capazes de, neste encontro, deixar lá uma semente que os leve a pensar, refletir, a um dia, numa curva da vida, se questionarem, esse é o fruto mais bonito e mais importante de qualquer JMJ”, prosseguiu.

O cardeal português recordou como legado de São João Paulo II a necessidade de repensar a forma como a mensagem da Igreja chega, não apenas aos jovens, mas a todas as pessoas.

“A Cristandade acabou. Cristo é o mesmo, o Evangelho é o mesmo, mas o ardor nos métodos e expressões, a Nova Evangelização, é diferente. E temos de ser capazes de, em cada tempo, corresponder”, defendeu o bispo de Setúbal.

“Por vezes o Espírito sopra e nós não ouvimos, mas felizmente temos sempre algum irmão ou irmã que ouve e tem a coragem de o pôr em prática. João Paulo II teve a capacidade de ouvir e de pôr em prática”, concluiu.

O ciclo de conferências continua nas próximas semanas, sempre às 15h30: a 13 de abril, com o tema ‘Para os simples: o Papa e Fátima’, apresentado pela Ir. Ângela Coelho; a 20 de abril, ‘Para os casais: as catequeses sobre o corpo’, com Sofia e Pedro Azadinho; e a 27 de Abril, ‘Para os Portugueses: as viagens a Portugal’, por Aura Miguel.

OC

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