Coordenadora do Movimento Teresiano de Apostolado gere oito projetos sociais em Elvas
Lisboa, 07 mar 2020 (Ecclesia) – A irmã Maria de Fátima Magalhães, da Companhia de Santa Teresa Jesus, acompanha de perto os presos da Cadeia de Elvas, onde vai ao encontro de “irmãos” em necessidade.
“Vamos ao encontro de um irmão, de uma pessoa fragilizada que cometeu erros, mas não é um erro”, refere à Agência ECCLESIA a religiosa, que coordena o Movimento Teresiano de Apostolado (MTA), responsável por oito projetos sociais naquela cidade alentejana.
Para a entrevistada, é “muito importante implicar toda a comunidade” na Pastoral das Prisões; as crianças das escolas e da catequese, por exemplo, são convidadas a dar brinquedos para os filhos dos reclusos.
A Cadeia de Elvas fica na estrada para Badajoz, com 70 a 90 homens, que contam com o acompanhamento do grupo ‘Mateus 25’, oito voluntários que pagam o seguro do seu próprio bolso.
“O mais importante é que eles saibam que vamos por amor”, refere a irmã Fátima Magalhães, para quem é possível fazer da cadeia uma “oportunidade” de reflexão e de mudança, procurando “abrir uma janela para um mundo que deve ser melhor”.
A religiosa explica que o nome do grupo se refere ao capítulo 25 do Evangelho segundo São Mateus, no qual Jesus diz: ‘Estava na prisão e fostes ter comigo’.
“Nós, os voluntários, vamos fazer o que Jesus mandou. O crime que cometeram já foi penalizado pelas instituições de direito, nós vamos porque ali estão pessoas, ali estão irmãos”, aponta.
A entrevistada destaca a importância das respostas sociais aos reclusos e às suas famílias, porque ninguém consegue mudar “sozinho”.
OC