Cidade do Vaticano, 22 nov 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco vai presidir este domingo à cerimónia de canonização de seis novos santos da Igreja Católica, entre os quais se incluem dois religiosos da Índia.
O padre Ciríaco Elias Chavara (1805-1871), fundador da Congregação dos Carmelitas da Beata Virgem Maria Imaculada, e a irmã Eufrásia do Sagrado Coração (Rosa Eluvathingal, 1877-1952) nasceram e morreram na Índia e vão ser canonizados no Vaticano, durante a Missa da solenidade litúrgica de Cristo-Rei, a partir das 10h30 locais (menos uma em Lisboa).
O Papa vai ainda declarar como santos quatro beatos italianos: Giovanni Antonio Farina, bispo de Vicenza e fundador das Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas do Sagrado Coração (1803-1888); Nicola da Longobardi (1650-1709), oblato professo da Ordem dos Mínimos; Ludovico de Casoria (1814-1885), sacerdote franciscano que fundou a Congregação das Irmãs Franciscanas Elisabetinas, instituição dedicada sobretudo à oração e à assistência aos doentes e idosos.; Amato Ronconi, da Ordem Terceira de São Francisco, fundador do Hospital dos Pobres Peregrinos em Saludecio, agora ‘Casa de Repouso Obra Pia Beato Amato Ronconi’, que viveu no século XIII.
Nos primeiros séculos do cristianismo, o reconhecimento da santidade acontecia em âmbito local, a partir da fama popular do santo e com a aprovação dos bispos.
Ao longo do tempo e sobretudo no Ocidente, começou a ser solicitada a intervenção do Papa a fim de conferir um maior grau de autoridade às canonizações: a primeira intervenção papal deste tipo foi de João XV em 993, que declarou santo o bispo Udalrico de Augusta, que tinha morrido vinte anos antes.
As canonizações tornaram-se exclusividade papal por decisão de Gregório IX em 1234 e no decorrer do século XVI começou a distinguir-se entre “beatificação”, isto é, o reconhecimento da santidade de uma pessoa com culto em âmbito local, e “canonização”, o reconhecimento da santidade com a prática do culto universal, para toda a Igreja Católica.
A 22 de janeiro de 1588, Sisto V instituiu a Sacra Congregação para os Ritos, com a missão de regular o culto divino e tratar as causas dos santos: desde então houve mais de 840 santos proclamados por 26 Papas, aos quais se somam, no caso dos mártires, várias centenas de "companheiros", canonizados ao mesmo tempo.
OC