Igreja/Família: Formação dos cursos de preparação para o matrimónio ao longo da vida

Responsáveis da Diocese de Lisboa quer alargar acompanhamento aos casais

Lisboa, 11 dez 2013 (Ecclesia) – Os responsáveis pelos Cursos de Preparação para o Matrimónio (CPM), na Diocese de Lisboa, Jorge e Alexandra Lopes, apresentaram à Agência ECCLESIA os objetivos da formação que para futuros casais é uma iniciação na Igreja.

“O CPM faz-se apenas uma vez na vida. É uma realidade sempre nova e qualquer par de noivos diz que é fantástico e é natural porque não tem outro tipo de comparação. É um momento que eles param no tempo e olham um para o outro e falam”, revela Jorge Lopes.

O responsável assinala que pretendem que “esta formação seja distribuída ao longo do tempo de casados” que “provavelmente tem altos e baixos”.

Os cursos de preparação “não são de caráter obrigatório”, informa Jorge Lopes que destaca o “reforço” que os sacerdotes fazem ao “mencioná-lo como essencial para uma vida a dois”, por isso, nas reuniões existem batizados e não batizados.

“Gostamos de acolher todos e sejam batizados ou não, tenham ouvido falar alguma vez de Cristo ou não, sentimos que o CPM é a porta”, desenvolve Alexandra Lopes.

Nesse sentido, a metodologia usada nestes encontros foi aprovada pela Conferência Episcopal Portuguesa e em seis sessões são apresentados grandes temas relacionados com os desafios que os casais vão enfrentar: “Uma comunidade de amor, preparação para o matrimónio; a fertilidade; novos desafios, novas situações e o amor ao longo da vida”.

Durante o curso junta-se às equipas de casais, que são sempre apoiadas por um sacerdote, “um médico ou enfermeiro” para uma “formação intermédia” sobre “planeamento familiar”, explica Jorge Lopes.

“Teoria há pouca, somos casais concretos com uma vida concreta e as pistas que entregamos aos noivos são para os levar para uma realidade que eles irão encontrar na vida que vão começar”, acrescenta Alexandra Lopes.

No programa de rádio ECCLESIA, na Antena 1, a entrevistada destaca que querem para além de testemunharem “as vivências que têm conseguido ultrapassar, boas ou más”, apresentam sempre a mais-valia que “os vais ajudar a ultrapassar esses problemas que é Cristo”.

Segundo Jorge Lopes o CPM não acaba no final das formações mas continua pelo “decorrer da vida, é o namoro até chegar a um período de mais anos de vida, ou seja, como tentar resolver algumas de questões após uma série de anos de casados” e nesse mesmo sentido, sempre que possível os novos casais são encaminhados para grupos ou movimentos da diocese ou das suas realidades paroquiais.

O casal responsável explica ainda que proximidade e formação são caminhos que as equipas privilegiam por isso também dedicam sempre que possível atenção a faixas etárias mais jovens, como a catequese do 9.º e 10.º ano, aos grupos de jovens e aos escuteiros.

“Interessa-nos que eles façam perguntas, que se sintam interessados, porque teremos com certeza capacidade de resposta. É apresentar-lhes o que é, ou pode vir a ser, um sacramento do matrimónio com amor em Cristo primeiro e depois o amor do par”, disse Alexandra Lopes.

Com vista à preparação do Sínodo dos Bispos o programa de rádio ECCLESIA, durante esta semana, revela algumas respostas que as Igrejas locais prestam à família e a algumas situações de fronteira, na Antena 1 às 22h45.

CB/OC

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